segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Nossa Senhora da Alegria
salva Alegrete da peste






1

Versão de Alegrete (Portalegre), recolhida e publicada por António Franco Infante (Infante, 1985: 303 – 304).



Consta que em 1582 grassou uma grande epidemia de peste no Distrito de Portalegre, vindo nessa altura viver algum tempo para Alegrete o sábio e virtuoso Bispo D. Frei Amador Arrais, que nesse mesmo ano, em fins de Janeiro, tomara posse da diocese de Portalegre.
O povo de Alegrete, receoso de que tal epidemia o atingisse e vitimasse, resolveu tirar Nossa Senhora d’ Alegria do seu altar e levou-a para as muralhas mais altas onde a colocou e deixou à vista de toda a povoação. Fizeram-lhe preces fervorosas que foram ouvidas pela Mãe de Deus. Em sinal de gratidão prometeram festejá-la anualmente no dia 15 de Agosto. E a promessa tem-se cumprido desde então até agora, cantando-se estas estrofes:

[…]
Pu[s]eram nossos antigos
A Senhora na muralha
Que nos livrasse da peste
Que era mal que a todos dava.

[…]
A Senhora d’ Alegria
Não está em casa, foi fora,
Foi visitar os enfermos
Que estão na última hora.



2

Versão de Alegrete (Portalegre), recolhida e publicada por António Franco Infante (Infante, 1985: 304).



[…] a peste entrou na vila e dizimou muita gente, tendo só escapado uma família na Ruinha, hoje rua da Saúde. Então o povo, para que não morressem todos, foi buscar Nossa Senhora d’ Alegria, colocou a sua imagem na muralha e dirigiu-lhe fervorosas súplicas, que foram atendidas, cessando a peste. Daí, o voto gratulatório, realizando-se a festa tradicional que deu lugar a grandes manifestações de alegria.

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