tag:blogger.com,1999:blog-22978814333645408392024-02-06T21:01:11.939-08:00Arquivo do Norte AlentejanoArronches, Castelo de Vide, Crato, Marvão, Nisa & PortalegreRuy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.comBlogger364125tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-9445347715738749782020-07-25T02:58:00.001-07:002020-07-25T02:58:35.425-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA5fmaWJr2FgBItArBrKM8kyEK-dfgDQGZggFxxvEl9kqKg-54QdyhSj0JnM6Z8qsrcO-jW1V4GcX9i5Pe5tHSHh3MGngodDc33Ofvz8d_W69R1xAcbyIlwdxghzkIQkQUhMkJWDkU0YE/s1600/DSC09789.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA5fmaWJr2FgBItArBrKM8kyEK-dfgDQGZggFxxvEl9kqKg-54QdyhSj0JnM6Z8qsrcO-jW1V4GcX9i5Pe5tHSHh3MGngodDc33Ofvz8d_W69R1xAcbyIlwdxghzkIQkQUhMkJWDkU0YE/s640/DSC09789.JPG" width="640" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">PORTALEGRE:</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">CLASSIFICAR
PATRIMÓNIO,</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">APAGAR
PATRIMÓNIO</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Segundo noticiou o
jornal “Alto Alentejo”, na sua edição de 15/7/2020, os vereadores da Câmara
Municipal de Portalegre aprovaram por unanimidade o início do processo de
classificação de cerca de quatro dezenas de bens culturais existentes no concelho.
Fizeram bem. É uma decisão honrada. Tal iniciativa só pode merecer o aplauso de
quem reconhece valor inalienável à herança histórica, arquitectónica e
artística dessa parte do Alto Alentejo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Propor uma
classificação não é, contudo, classificar. É apenas dar início a um longo
processo, decidido fora dos gabinetes municipais. Um rol tão grande, diz-se,
pode mesmo criar obstáculos intransponíveis à classificação dos bens em causa.
Bem sabemos o quanto os organismos que tutelam o Património Cultural português carecem
gravemente de meios humanos e financeiros para acudir a todo o serviço que lhes
cai sobre a secretária. Há quem lembre que propor a salvaguarda de tantos
monumentos de uma só vez costuma ser estratégia usada por autarcas que desejam
mostrar serviço perante os seus eleitores quando, na realidade, não têm
qualquer desejo de classificar seja o que for (sabendo bem demais que a
avalanche assim provocad será razão bastante para que tudo seja arquivado no
fundo das gavetas). Isto afirma quem há mais de 20 anos trata desses assuntos…
e tem sido responsável pela organização e tramitação de processos de
classificação ao mais alto nível. Quero crer, todavia, que a intenção de quem fez
tal proposta conjunta terá sido séria. O futuro confirmará ou não a minha
percepção. Para já, merecem reconhecimento aqueles que a votaram
favoravelmente, pondo a Cultura acima de outros interesses menos dignos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Não me pronuncio sobre
os cerca de 40 bens culturais a classificar. Não há nenhum que não mereça a distinção.
Ainda assim, sublinho a minha satisfação por ver entre eles vários edifícios de
boa arquitectura do século XX, cuja dignidade e valor não são menores por não
terem sido elevados em séculos anteriores, normalmente mais prestigiados. Não
deixo todavia de estranhar que alguns edifícios sejam propostos para
classificação depois de terem sido total ou parcialmente demolidos e, de
seguida, abastardados ou substituídos por réplicas sem qualquer valor. Não me pronuncio
sobre o rol proposto pelos gestores da Câmara Municipal de Portalegre e
aprovado pela unanimidade dos vereadores. Espero apenas que a classificação
seja concluída com sucesso e tenha como consequência a valorização, recuperação
e/ou revitalização desse património concelhio, doravante – se assim se
concretizar – mais protegido contra intervenções e vizinhanças que deveriam
envergonhar toda a gente, a começar por quem as aprovou e/ou promoveu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Não obstante,
parece-me justo manifestar a minha estranheza – e até a minha indignação – por tudo
quanto foi apagado da proposta municipal. Refere o jornal “Alto Alentejo” que a
lista incluiu imóveis arrolados no PDM de 2011, juntando-lhe propostas diversas
que recebeu (não se sabe de quem e em que circunstâncias). Pretende proteger
“casas brasonadas, </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: TrebuchetMS;">conventos, igrejas, um conjunto habitacional popular e edifícios
modernistas e contemporâneos, de elevado valor arquitectónico”. Perante essa
justificação (aceitável, mas parcial), estranha-se a quase inteira exclusão do rico
património arqueológico concelhio, que Portalegre teima em não cartografar nem
inventariar, contribuindo para a sua destruição. Urge ainda perguntar se a
parte norte do concelho de Portalegre ainda faz parte desse município ou, se
fazendo parte dele, é conhecida por quem governa, administra e gere a edilidade
há pelo menos uma década. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: TrebuchetMS;"> Poderia referir a ausência nessa
proposta de classificação de qualquer bem das freguesias de Alagoa e de São
Julião ou, ainda, o estranho apagamento de vários bens valiosíssimos da
freguesia da Ribeira de Nisa, como as ruínas medievais da Provença, a igreja de
Nossa Senhora da Esperança (antigo Convento de Santo António) ou a Quinta de
São Bento. É como se não tivessem, entre as suas fronteiras, património
relevante… Mas têm. Na Ribeira de Nisa, propõe-se a classificação de um
“convento de S. Francisco”, mas como tal edifício não existe nem nunca existiu
na freguesia, é o mesmo que nada propor… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: TrebuchetMS;"> Mais grave se me afigura todavia o
tratamento discriminatório dado à freguesia de Carreiras, que já no inventário
do património distrital, elaborado em 1943 por Luiz Keil, foi completamente
ignorada. Naquele tempo, não havia estradas para lá chegar. Hoje essas estradas
existem, o seu património está divulgado, mas parece que os gestores da
edilidade portalegrense querem continuar uma lamentável tradição… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Para
a Câmara Municipal de Portalegre, pelos vistos, não tem qualquer valor o
património carreirense. Nada valem a anta da herdade de João Martins, o povoado
neolítico do Veloso e as ruínas da Alta Idade Média existentes nas suas
proximidades, as estruturas megalíticas do Fraguil, as ruínas romanas ou
medievais do Monte da Gente, a medieval Torre Alta ou Torre da Ribeira (ligada
à família de D. Nuno Álvares Pereira), a calçada medieval que ligava Portalegre
a Castelo de Vide e outros troços viários da mesma época, a quinhentista Torre
Caldeira (mandada construir pela família dos alcaides-mores de Portalegre), a
igreja de São Sebastião (edificada na primeira metade do século XVI, com capela
dessa época, retábulos maneiristas já estudados a nível nacional, fachada
barroca e pinturas murais tratadas em tese de doutoramento), um cruzeiro único
de cantaria e azulejos (do século XVIII), pórticos de cantaria do século XVI, casas
com varandas do mesmo século ou da centúria seguinte, a sua Torre do Relógio, etc.
Nada disto teve valor para os autores do PDM de 2011, que ignoraram esse
património, pondo-o em risco e contribuindo para a descaracterização de uma
aldeia a que, com ironia, chamam “presépio”. A mesma opinião parecem ter agora,
nove anos depois, aqueles que propuseram uma lista de património a classificar,
ignorando esses e outros bem valiosos – e voltando a pôr em causa a sua
sobrevivência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Há
muitos anos que se fala no abandono dessa freguesia histórica do concelho de
Portalegre, abandono que tem revestido várias manifestações indignas (a mais
grave das quais foi a sua “extinção”, baseada em argumentos fraudulentos). É,
assim, justo perguntar que destino teria essa parcela do território
portalegrense se estivesse incluída num dos municípios vizinhos, Castelo de
Vide ou Marvão. Na certa, Carreiras veria o seu património valorizado de outro
modo – e não esquecido por pessoas que, com boa ou má intenção, com consciência
ou sem ela, parecem querer apagar do concelho uma das suas mais belas e
valiosas partes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Felizmente,
a Lei permite que os requerimentos de classificação partam de simples cidadãos.
A seu tempo, não deixarão de agir. Pode ser que essas iniciativas tenham mais sucesso
do que a proposta de classificação da igreja carreirense feita há uns anos por
técnica-superior do ex-IPPAR e que gente ardilosa enterrou sabe Deus onde…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">RUY
VENTURA</span><br />
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(artigo publicado no jornal "Alto Alentejo", de 22/7/2020)</span>Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-81133190885267294562020-06-17T02:09:00.001-07:002020-06-17T02:09:38.817-07:00<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">AS IGREJAS DE CASTELO DE VIDE </span></b><b><span style="font-size: large;">FAZEM FALTA</span></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Castelo de Vide é uma
terra afortunada. Ao contrário de outras localidades – que ainda hoje lamentam
os desvarios e vandalismos do passado, causadores da destruição de tantos
edifícios valiosos –, a terra de Salgueiro Maia detém no perímetro do seu
concelho um património invejável seja sob que ponto de vista for. É, ainda, uma
vila venturosa pelas gentes que nela habitam. Sem os castelo-videnses, teríamos
no mesmo lugar do Alto Alentejo uma qualquer feia povoação, sem identidade e
sem brilho, abastardada por uma sucessão de atentados urbanísticos e
patrimoniais promovidos pelos seus habitantes e autorizados pelos serviços
camarários. Felizmente, temos o contrário disso tudo – e essa realidade eleva a
urbe aos olhos dos portugueses e dos estrangeiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Entre as pessoas que
dão vida a Castelo de Vide, há cidadãos de corpo inteiro que, ao longo do
tempo, têm assumido a defesa do seu património. Se no passado não conseguiram
evitar a demolição de uma parte das suas muralhas (e, nelas, da célebre “Porta
da Aramenha”, proveniente da cidade romana de Ammaia), bem como de alguns
edifícios religiosos, como a importante igreja do Espírito Santo ou a matriz
antiga de Póvoa e Meadas, pode dizer-se que há uma linhagem de gente que não
tem deixado destruir peças importantes da sua identidade artística e
arquitectónica (popular ou erudita). Uns chegaram à investigação, à escrita e à
publicação (César Videira, João António Gordo, Raposo Repenicado, Diamantino
Sanches Trindade, Maria Guadalupe Alexandre, Diogo Salema Cordeiro, Jorge Rosa,
Rosário Salema Carvalho, etc.); outros, mantendo-se mais ou menos na sombra,
trabalharam de outro modo pela salvaguarda, valorização e divulgação do
património da comunidade – que é parte integrante, diga-se, do património
nacional. Nos últimos anos, merece especial relevo a actividade da associação
denominada Grupo de Amigos de Castelo de Vide, que tem aliado a defesa dos
interesses locais à edição de livros e à impressão do jornal “Notícias de Castelo
de Vide”, também disponível na internet sob a forma de blogue. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Se alguém pensa, por
isto, que Castelo de Vide precisa de mim para “liderar” a defesa do seu
património, decerto tem uma visão desfocada da realidade do concelho. Como
investigador, é certo que assinei artigos na “Invenire – Revista de Bens
Culturais da Igreja” (editada pela Conferência Episcopal Portuguesa) em que
estudei obras de arte e tradições da vila onde nasceu Garcia de Orta; destaquei
a localidade no meu livro “Santo António na Região de Portalegre”; publiquei
artigos sobre as ruínas da ermida de São Paulo e sobre a igreja de Santa Maria
da Devesa (com algumas novidades históricas); divulguei uma parte dos textos
tradicionais do concelho em vários cadernos editados com a literatura oral da
Serra de São Mamede; dei destaque à literatura castelo-vidense na volumosa
antologia “Poetas e Escritores da Serra de São Mamede”; e, sobretudo,
investiguei a toponímia, a heráldica, a história e o património do concelho no
livro “A Vide e o seu Castelo”, obra hoje esgotada, a precisar de reedição
revista e muito aumentada. Tal trabalho, que tenciono continuar (nomeadamente
no doutoramento em História da Arte que me ocupará nos próximos quatro anos),
não me transforma no entanto num elemento imprescindível na luta pela defesa do
património concelhio, embora não lhe vire a cara, ao não esquecer que uma parte
dos meus antepassados nasceu nesse município. Agradeço a honra que me foi
concedida em duas publicações vindas a lume no jornal “Alto Alentejo”, nas
quais surjo como “líder” de um grupo de pessoas de Castelo de Vide, mas não a
mereço. Se manifestei o meu repúdio público pelas intenções do pároco
viti-castrense e de mais algumas pessoas em vender a abandonada igreja de São
Miguel (situada na Serra que já teve o nome do Comandante das Milícias Celestes
e principal defensor da Igreja e do povo de Israel), limitei-me a fazer eco de
uma notícia criada e difundida pelo Grupo de Amigos de Castelo de Vide no jornal
que publica. Partilhei a notícia no “facebook” e comentei-a, dando o meu apoio
aos castelo-videnses, estupefactos perante um incompreensível e pouco claro ataque
ao seu património medieval. É certo que difundi a notícia e pus os meus fracos
préstimos à disposição dos defensores do património local, mas nada fiz que
outros não tivessem feito. O seu a seu dono…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Há quem defenda
publicamente que “as igrejas de Castelo de Vide não fazem falta”. Permito-me
discordar. Fazem tanta falta quanto as muralhas de várias épocas que envolvem a
vila, quanto o castelo que lhe deu nome, quanto as antas e outros vestígios
arqueológicos que povoam o município, quanto o pelourinho que se ergue em
frente aos Paços do Concelho, quanto muitas tradições seculares que dão
identidade à urbe. Diria mesmo que, dado o seu estatuto, fazem até mais falta.
Com o que digo, não estou a estabelecer uma hierarquia, mas apenas a dizer que
uma estratégia pastoral imaginativa, dialogante e aberta já lhes teria dado
utilidade comunitária além do seu valor patrimonial, pois se não há cultura sem
culto, também não há culto sem cultura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> A igreja de São Miguel
não está arruinada, como tem sido dito. Está apenas abandonada porque a
abandonaram há várias dezenas de anos, entregando-a à sua sorte e às forças da
natureza. Aconteceu o mesmo a outras ermidas castelo-videnses, o que se
lamenta. Desde que lhe retiraram as imagens aí veneradas, não mais foi
reparada, limpa ou valorizada. Mas não é uma ruína. Não será muito difícil repará-la
e dar-lhe nova vida, associando-a talvez à ermida de Nossa Senhora da Penha,
sua vizinha, que não tem espaço para lá se celebrar a eucaristia, nem no dia da
festa, ou instalando aí um agrupamento de escuteiros ou… (os castelo-videnses
saberão – e parece que a edilidade já está a dar bons passos no sentido de não
se apagar esse património). Essa igreja, já existente no século XV, era local
de encontro dos cristãos-novos na centúria de quinhentos, tendo assim um valor
memorial inalienável. Com potencial arqueológico importante, ninguém nos
garante que por debaixo da sua cal não haja surpresas. Não deve ser vista,
todavia, como algo que se possa separar da sua envolvente, tanto próxima – onde
avulta um entorno prodigioso do ponto de vista natural e paisagístico – quanto
alargada. Pergunto: não seria possível criar uma rota do sagrado que envolvesse
todos estes edifícios ainda de pé e mesmo aqueles de que já só sobram ruínas?
Ou será melhor defender o que defendiam alguns cidadãos de Guimarães no século
XIX, ao quererem demolir o castelo da cidade porque o “progresso” seria
levantar ali um “bairro operário”? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> É certo que em Castelo
de Vide e no seu concelho nunca existiram igrejas dedicadas a São Martinho ou à
Senhora da Saúde (como alguém escreveu), mas o valor memorial e patrimonial de
igrejas e capelas como as que existem no concelho alentejano é algo que não
pode ser desperdiçado seja por quem for. Desde uma igreja de Santiago (que
investigadores internacionais já identificaram como uma antiga mesquita) à do
Salvador do Mundo (anterior à nacionalidade e ligada ao cristianismo moçárabe),
passando pelo Senhor do Bonfim (com um admirável conjunto de pinturas murais), ao
Bom Jesus e à Senhora do Carmo (com retábulos que urge estudar, restaurar e
divulgar, no âmbito da comunidade de artistas que existiu em Castelo de Vide
nos séculos XVII e XVIII), a Santo Amaro (uma admirável igreja barroca!), às
medievais São Roque e Santo Amador e a muitas outras, há um imenso conjunto de
oportunidades a explorar – no âmbito de uma religiosidade aberta, de um turismo
religioso e cultural e de uma estratégia inteligente de desenvolvimento local.
É um erro pensar que as igrejas só merecem estar de pé enquanto lá se celebrar
missa todos os domingos. Não foram construídas para isso. A maior parte delas,
desde o dia da sua inauguração, só teve eucaristia uma vez por ano (ou no dia
da sua festa ou no dia do sufrágio de quem lá estava enterrado, em geral os
seus fundadores). A sua manutenção era assegurada por um ermitão, que aí vivia
de graça e em troca de habitação gratuita tinha de assegurar a abertura de
portas aos fiéis. Hoje em dia serão usadas de outro modo, com fins distintos.
Não serão todavia menos dignos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Dar valor a uma
igreja, ainda que pequena e humilde, mas histórica, é respeitar um passado que
nos mantém de pé, pois faz parte das nossas raízes. Não há futuro sem passado. É
muito urgente dar valor a este e a outros patrimónios, sobretudo num tempo em
que motivações espúrias querem “purificar” a nossa memória, derrubando e
vandalizando estátuas e pessoas, levando-nos para a barbárie. Acredito que os
negócios sejam sedutores, que a pressa de resolver situações seja má
conselheira, que a imaginação nem sempre seja abundante, que pressões várias –
nem sempre legítimas – façam esquecer o dever maior. Não é por acaso que o
Direito Canónico afirma só ser válida a alienação “de ex-votos oferecidos à
Igreja, ou de coisas preciosas em razão da arte ou da história” com licença
expressa da Santa Sé, permitindo todavia que, além do culto, da piedade e da
religião, o bispo diocesano permita nas igrejas “outros actos ou usos, que não
sejam contrários à santidade do lugar”. Mesmo que as circunstâncias tenham
levado à perda da bênção do local, é sempre possível dar-lhes um uso digno que
respeite a sua integridade memorial, arquitectónica e artística. Há exemplos
vários disso mesmo no Alentejo e no país, alguns bem perto. Não é preciso
reinventar a roda… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Um dos primeiros actos
de São Francisco depois da sua conversão foi promover nos arredores de Assis a
reparação da igreja de São Damião, que ameaçava ruína e estava abandonada. Para
isso, vendeu tudo o que tinha e, segundo contam as suas biografias medievais,
chegou a andar pela sua terra a pedir pedras para a reconstrução, prometendo
recompensas divinas. Nem todos podemos chegar ao exemplo maior dos santos, mas
– como me disse um dia, era eu adolescente, o saudoso Cónego Justo, membro do
Cabido da Sé de Portalegre – “se nem todos conseguimos ser santos, todos temos
a obrigação de ser nobres e honrados”. Haja nobreza de carácter, honra e
humildade e a situação das igrejas de Castelo de Vide será resolvida a pouco e
pouco pelos castelo-videnses, pelas suas autoridades civis e por quem dirige a sua
paróquia. Não me passa pela cabeça que venham a ter uma atitude menos digna. O
Paráclito os espicaçará.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 12.0pt;">RUY VENTURA<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 12.0pt;">(artigo publicado no jornal "Alto Alentejo", de 17/6/2020)</span></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<br /><span style="font-size: 12.0pt;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPd6OKv86-UTDIMGtMAJCgGzQGtt2oAfW4pza30l3iMyuODrqSRU3882DxMH2DWC91uJwUXGP7tl1xrfPzysIXdHMiv9mMP0VgE9bK8zCKGtNGOCJDLf7UsC43CQiZ7MWqk-QYaZb6GyM/s1600/2008+d+006.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1201" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPd6OKv86-UTDIMGtMAJCgGzQGtt2oAfW4pza30l3iMyuODrqSRU3882DxMH2DWC91uJwUXGP7tl1xrfPzysIXdHMiv9mMP0VgE9bK8zCKGtNGOCJDLf7UsC43CQiZ7MWqk-QYaZb6GyM/s640/2008+d+006.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-60140083088734410132020-04-20T07:20:00.002-07:002020-04-20T07:26:06.914-07:00<div class="MsoNormalCxSpFirst">
<b><span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 16.0pt;">IGREJA DE SANTA
MARIA DA DEVESA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<b><span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Castelo de Vide<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Ruy Ventura<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">(texto e foto)</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Com
provável origem moçárabe, a primeira igreja de Castelo de Vide a assumir a função
de matriz foi a do Rei Salvador do Mundo, situada nos arredores da vila. Assim
o diz uma tradição muito antiga, a qual afirma que a segunda foi a de Santiago
Maior, talvez resultante da adaptação ao culto cristão de uma mesquita. Anterior
a Santa Maria da Devesa terá sido ainda outra igreja medieval, existente no
castelo e antepassada da actual ermida de Nossa Senhora da Alegria (a padroeira
do burgo). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O
templo imponente que hoje se eleva – um dos mais amplos de todo o Alentejo – resulta
da reconstrução iniciada em 1789 e concluída já na segunda metade do século
XIX, ocorrendo a abertura solene a 28 de Setembro de 1873. A primitiva ermida
dedicada à Virgem, edificada na devesa ou rossio extramuros da vila, terá
nascido na segunda metade do século XIII. Em 1311, aí instituíram Lourenço
Pires e Domingas Joanes uma capela, à qual deixaram os seus bens, entregues à
administração dos “confrades da albergaria de Santa Maria”. Entre essa data e
1321 terá sido elevada ao estatuto de paróquia, juntando-se a outras quatro
(Santiago, Salvador, São Pedro e São Lourenço). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Na
sequência dessa promoção, o pequeno edifício terá recebido uma ampliação gótica.
Se a igreja isolada que podemos ver num desenho de Duarte d’ Armas datado de
1509-1510 é, de facto, a matriz de Castelo de Vide, então na primeira década do
XVI já teria essas características, exibindo uma estrutura típica do gótico
depurado, adoptado por todo o país, nomeadamente nas igrejas paroquiais. Se as
três naves, com a central mais elevada, evidenciam uma construção medieval, a
capela-mor quadrangular, com contrafortes a meio dos panos murários, ladeada
por uma torre sineira, denuncia uma intervenção posterior, datável já do
período manuelino, talvez ainda de finais do século XV. Nada de estranhar,
sendo Santa Maria a cabeça de uma comenda da Ordem de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Um
desenho inédito anónimo, de execução não posterior aos primeiros anos do século
XVIII, nem anterior a 1680, dá-nos uma imagem mais concreta da matriz. Nessa
panorâmica de <i>Castello da Vide</i>, Santa
Maria da Devesa é representada com destaque volumétrico no meio de um denso
casario, tendo a rodeá-la, no entanto, um adro espaçoso. A sua aparência não era
já aquela que Duarte d’Armas <span style="color: #e36c0a; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 191;">registou</span>. A largura da fachada, com três janelões,
uma janela mais pequena e um pórtico grandioso (que parece de volta perfeita),
denuncia uma estrutura interna com três naves, coberta, todavia, por um telhado
com duas águas. A sul da capela-mor, elevava-se uma sineira de grandes
dimensões, edificada diagonalmente em relação à Casa da Câmara. Essa torre
ocuparia, assim, um lugar hoje aberto, poucos metros a norte do sítio onde se
ergue o pelourinho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Embora
com dimensões menores do que o actual edifício, a primitiva matriz não se
instalaria num espaço muito distinto daquele que agora ocupa a sua sucessora. Em
1758, o P.<sup>e</sup> João Aires Baptista fala-nos já de uma igreja integrada
no Padroado Real, mas “</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">aruinada, não pello terramoto do anno de 1755
mas por muito velha”. A paróquia estava então instalada na Colegiada do
Espírito Santo, pois em 1749 o bispo de Portalegre, D. Fr. João de Azevedo,
havia dado ordem para a sua demolição e reedificação. Pelos apontamentos desse pároco
ficamos a saber que as suas três naves possuíam nove altares, aí estando
instaladas seis confrarias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O edifício desaparecido foi recebendo várias
campanhas de obras. Regista-se, por exemplo, a intenção de substituir o
retábulo-mor em pintura mural, considerado um “escandalo”. Para executá-lo,
chegou a ser contratado em 1610 o marceneiro lisboeta Manuel Ribeiro, mas tal
obra nunca chegou a fazer-se. Só em 1662 o pintor portalegrense Manuel de Faria
celebraria escritura para a execução dessa peça retabular. Em 1678-1679, o
pintor José de Carvalho, também de Portalegre, dourou o altar de Nossa Senhora
do Rosário, onde se incluía uma <i>Árvore de
Jessé</i>. Pela mesma data, o elvense Afonso Vaz foi encarregue de dourar o
retábulo do Santíssimo Sacramento, tendo ainda a obrigação de pintar a abóbada,
os frisos e o frontispício da capela-mor, bem com as suas grades. Não obstante
estas intervenções artísticas, entre 1682 e 1684 Santa Maria da Devesa sofreu uma
intervenção importante, ao ponto de o culto ter de passar para outra igreja.
Talvez date dessa época a substituição do portal, modificado cerca de 1748, o
qual ainda hoje subsiste como entrada principal do novo imóvel, ao qual foi
adaptado, apesar das suas dimensões algo desajustadas em tão alta e larga
fachada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O edifício actual demorou 84 anos a concluir,
se estabelecermos como data limite o ano da sua inauguração, 1873. A construção
terminou em 1822, mas a ornamentação do interior demoraria mais algumas
décadas. O projecto quase catedralício de Santa Maria da Devesa, ainda hoje
anónimo, mostra uma gramática barroca que, a pouco e pouco, se foi adaptando
nos pormenores ornamentais a novas estéticas, sem deixar uma atitude
simplificadora, habitual nas traduções regionais de arquitecturas eruditas. Podemos
assim encontrar elementos do Rococó a par de evidências neoclássicas, ombreando
com outras que já denotam um certo romantismo, aquele que recuperou sem
preconceitos apontamentos de estilos anteriores ao século XVIII. A organização
do amplo espaço interior – em cruz latina, com capela-mor larga e pouco funda,
transepto, cruzeiro coberto por enorme cúpula, nave com vários tramos divididos
por pilastras, entre as quais existem arcos encimados por tribunas, e coro a
toda a largura, sustentado por uma abóbada muito abatida – lembra alguns
edifícios lisboetas das eras pombalina e pós-pombalina, <i>v.g.,</i> a basílica do Sagrado Coração de Jesus, à Estrela, ou a
igreja de São Domingos, traçada por Manuel Caetano de Sousa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Povo e elites, paróquia, confrarias, município
e até o Estado suportaram os enormes custos da edificação da hodierna igreja. Construção
levantada de raiz, não deixou ela <a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>de aproveitar
subsistências da antiga matriz. Tal <i>reciclagem</i>
correspondeu não só à necessidade racionalizar os recursos disponíveis, mas
também a uma atitude eclética, vigente nos tempos em que os trabalhos se
iniciaram e desenvolveram, que aceitou e promoveu a inclusão em edifícios modernos
de elementos mais antigos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Na actual estrutura vislumbram-se, pois, várias
peças arquitectónicas e ornamentais mais antigas, como um arco maneirista na
entrada do baptistério ou, talvez, uma escadaria <i>manuelina</i> numa das torres sineiras. O retábulo-mor, com
ornamentação neomaneirista, é das peças mais recentes, tendo sido executado pouco
depois de 1867, a partir de um risco do arquitecto lisboeta Manuel Afonso
Rodrigues Pita. No transepto e na nave encontramos, contudo, obras anteriores,
destacando-se o retábulo de Nossa Senhora do Rosário (1771) e o de São Pedro
(hoje de São José, saído da mesma mão), bem como o do Senhor dos Passos ou das
Almas (talvez de inícios do século XIX, mas modificado em 1885). O retábulo do
Santíssimo Sacramento, em mármores, data de 1829, não devendo ser muito
posterior aquele que se eleva no lado oposto, dedicado a Nossa Senhora do Carmo.
Bastante mais recente é o de Nossa Senhora de Fátima, o qual, numa estética
revivalista, imitou em 1954 o que lhe está fronteiro. As paredes laterais da
capela-mor acolhem, por seu turno, um conjunto de pinturas figurativas,
consequência das grandes obras promovidas na igreja entre 1945 e 1950. Tirando
o <i>Regresso do Filho Pródigo</i> e o <i>Repouso na Fuga para o Egipto</i>, saídos do
pincel anacrónico de Luísa Salema Cordeiro e Alice Gordo Barata,
respectivamente, todas as restantes foram executadas entre 1952 e 1953 por
Adolfo Bugalho, mostrando uma estética menos apegada ao passado. São
especialmente interessantes aquelas que ilustram o versículo 2 do <i>Salmo 42</i> (41) e o versículo 17 do
capítulo 19 do <i>Evangelho segundo São
Mateus</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Esta igreja acolhe uma numerosa colecção de
obras de arte sagrada, parte delas integradas na reserva visitável denominada <i>Museu de Arte Sacra Cón.º Albano Vaz Pinto</i>.
Com peças que vão dos finais da Idade Média ao século XX, aí se salientam várias
esculturas pétreas: <i>Santa Maria da Devesa</i>
(século XV, acaso da órbita do escultor coimbrão João Afonso); uma <i>Trindade</i> quatrocentista; um <i>Santiago Peregrino</i> da mesma época; um <i>Santo</i> não identificado, do mesmo autor
que esculpiu um <i>Santo André</i> do Museu
Nacional de Arte Antiga; um mutilado <i>São
Lourenço</i> (talvez de João de Ruão); um decapitado <i>São Pedro</i> e um <i>São Roque</i>,
ambos já de Quinhentos. Entre as obras lígneas, merecem referência a barroca <i>Sacra Parentela</i>, uma <i>Nossa Senhora do Loreto</i> (saída no
primeiro quartel do século XVIII das mãos dos calipolenses Francisco Freire e
Manuel de Oliveira), além da série de <i>Santos
da Ordem Terceira de São Francisco</i>, cujas cabeças denotam a intervenção de
muito boa oficina lisboeta da segunda metade de Setecentos.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; text-transform: uppercase;">Bibliografia fundamental:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">DIAMANTINO
SANCHES TRINDADE, <i>Castelo de Vide –
Subsídios para o Estudo da Arqueologia Medieval</i>, Lisboa, Assembleia
Distrital de Portalegre, 1979; DIAMANTINO SANCHES TRINDADE, <i>Castelo de Vide – Arquitectura Religiosa, </i>I,
2.ª ed., Lisboa, Câmara Municipal de Castelo de Vide, 1989; PEDRO CID, <i>As Fortificações Medievais de Castelo de
Vide, </i>Lisboa, Instituto Português do Património Arquitectónico e
Arqueológico, [2005]; ROSÁRIO SALEMA DE CARVALHO, <i>Igreja de Santa Maria da Devesa, Matriz de Castelo de Vide, </i>[Castelo
de Vide], Câmara Municipal de Castelo de Vide, 2006; CÉSAR VIDEIRA, <i>Memoria Historica de Muito Notavel Villa de
Castello de Vide</i>, 3.ª ed., Lisboa, Edições Colibri-Universidade de Évora,
Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades, 2008; PATRÍCIA
ALEXANDRA RODRIGUES MONTEIRO, <i>A Pintura
Mural no Norte Alentejo (Séculos XVI a XVIII: Núcleos Temáticos da Serra de S.
Mamede, </i>Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012 (dissertação de Doutoramento
em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa); RUY VENTURA, <i>A Vide e o seu
Castelo – Notas sobre a Toponímia, a História e a Heráldica de Castelo de Vide,
</i>Évora-Castelo de Vide, Editora Licorne – Grupo de Amigos de Castelo de Vide,
[2016].<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdEo3aS_r_uJLvmp_-d0mB4p5E6bSwEJ7fwCVPtQqYwy9ZtjwKtREE2Ovbru6-ikBcGIFdzBzq6AfCEXLf9hyphenhyphenzhpZ2_OavQHNDOfSkQkptlwGbk9FWagXumaxKyi0_LkU2Ps0s1pT5u_M/s1600/2008+d+036.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1201" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdEo3aS_r_uJLvmp_-d0mB4p5E6bSwEJ7fwCVPtQqYwy9ZtjwKtREE2Ovbru6-ikBcGIFdzBzq6AfCEXLf9hyphenhyphenzhpZ2_OavQHNDOfSkQkptlwGbk9FWagXumaxKyi0_LkU2Ps0s1pT5u_M/s640/2008+d+036.JPG" width="640" /></a></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-78190183661383737362019-06-10T10:00:00.001-07:002019-06-12T01:27:17.896-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1lJ35ZOT41CfwT7AU-j9tFISZ9ouShfOBdRdg59CFu2Y_fFjlW55liSzH5yVqWlM2ShkPaOEaFqNaUti6Ci66sfChVEcGump_6J3gFIUp2yaeK8VRP_MvD32kgbjDl05C4lVbIQYhO60/s1600/DSC00052.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1lJ35ZOT41CfwT7AU-j9tFISZ9ouShfOBdRdg59CFu2Y_fFjlW55liSzH5yVqWlM2ShkPaOEaFqNaUti6Ci66sfChVEcGump_6J3gFIUp2yaeK8VRP_MvD32kgbjDl05C4lVbIQYhO60/s640/DSC00052.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-align: center;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><b><span style="font-size: large;">CARTA
ABERTA A JOÃO MIGUEL TAVARES</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm 0.0001pt;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Caro João Miguel,<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Tomo a liberdade de tratar-te por tu. Somos afinal conterrâneos,
apesar de não nos conhecermos. A nossa idade é muito próxima. Imagino que, como
eu, tenhas nascido no velho Hospital da Misericórdia, em pleno Rossio
portalegrense; tu, em Setembro, eu dois meses depois. Escrevo-te depois de ter
escutado pela televisão, comovido, a tua intervenção como responsável pelas
comemorações do Dia de Portugal. Não poderia deixar de fazê-lo ao ouvir-te
evocar o teu avô que, ao fundo da Rua de Elvas, dava sopa àqueles que dela
precisavam, ao sentir o significado daquela casa ao cimo da Avenida Frei Amador
Arrais que foi e é a tua e, sobretudo, ao ter contido com alguma dificuldade as
lágrimas quando te ouvi mencionar o destino de tantos portalegrenses que, para
cumprirem o seu destino, se viram obrigados a deixar o seu concelho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Poderia ficar por aqui e agradecer-te, com a maior profundidade.
Mas cortaria metade da verdade. Poderia dizer que o meu destino foi igual ao
teu e ao de tantos da nossa terra. Mas não contaria a história toda, porque é
mentira.</span><span class="apple-converted-space"><span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Se bem conheces o nosso concelho, e acredito que sim, sabes que
o destino daqueles que nasceram e cresceram com a democracia não foi igual para
todos. Os filhos do funcionalismo público e das elites locais, seja lá isso o
que for, nascidos e criados na cidade, nunca tiveram o mesmo tratamento que os
filhos dos operários, das costureiras e dos pequenos agricultores que tiveram
como destino crescer nas aldeias da serra e dos arredores. Os sacrifícios,
acredito, seriam semelhantes em cada família; mas enquanto os sacrifícios da
classe média citadina podiam oferecer aos seus a universidade, fora de
Portalegre, quem vinha de outros meios era obrigado a contentar-se com os
cursos ministrados pelas escolas do Instituto Politécnico de Portalegre, mesmo
que tivesse notas e capacidades para marchar até outras paragens. Como dizia
uma grada senhora, era uma espécie de prémio de consolação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Estou grato à democracia por ter criado instituições de ensino
superior em pequenas cidades de província; se assim não fosse, ter-me-ia ficado
pelo ensino secundário e ver-me-ia transformado num apagado empregado bancário
ou de secretaria, talvez num contabilista, mesmo que tivesse asas para outros
voos. Assim sendo, filho de um operário da Robinson e de uma costureira, vindo
das serranias das Carreiras, não tirei (é certo) o curso de História que sempre
ambicionei ou o de Geografia e Planeamento Regional para o qual tinha altas
classificações, apesar de ter sido um dos agraciados com o Prémio Francisco
Fino para os melhores alunos do secundário do nosso município, mas
desenrasquei-me com uma licenciatura em ensino de Português e Francês, tirada
na nossa cidade, porque para ela ainda ia havendo dinheiro, sabe Deus com que
esforço e privações, embora para mais fosse impossível. Sem cunhas e sem
parentes que me abrissem a porta fora de Portalegre, tive de me contentar com o
que havia e dar o meu melhor, sabendo bem demais, mas tentando esquecer, que
partia para a meta da vida numa posição diferente da de outros meus
conterrâneos...<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Foi no final dessa licenciatura que comecei a tomar consciência
de outra realidade. Aluno no último ano do nosso saudoso Carlos Garcia de
Castro, poeta grande cujo mérito, refugiado na interioridade, nunca foi
reconhecido como deveria ter sido pelo "meio literário", foi ele quem
me abriu os olhos para o que Portalegre era há 25 anos e, infelizmente,
continua a ser. Nunca esquecerei a sua frase: "Concorra para sair daqui.
Nesta terra nunca lhe perdoarão ser filho de um operário e de uma
costureira." Concorri, mas passados anos caí na tentação de aceitar um
convite para regressar. Durante três anos, fui professor na instituição de
Ensino Superior onde recebera a minha formação inicial. Seduzido para a
política por estratégias ardilosas, estive quase a entrar para o partido que
agora nos governa. Acontece que, no momento decisivo, me deu para ser
independente e recusei atravessar para esse lado. Paguei caro. Não tardou muito
que deixasse de haver lugar para mim e, apesar de ter o meu mestrado concluído
e iniciado o doutoramento, fui preterido. Eu tive de regressar ao exílio e quem
ficou, apenas com a licenciatura (!), teve o lugar garantido durante vários
anos, talvez por ser filha de um ex-autarca do Partido da mão fechada. Só então
percebi tudo quanto Carlos Garcia de Castro me dissera. Em Portalegre, cópia em
miniatura do Portugal que abomina o mérito e tu hoje denunciaste com a firmeza
que te conhecemos, não se perdoa a falta de currículo familiar e muito menos
pensarmos pela nossa cabeça, sobretudo se isso fizer sombra a alguém bem
instalado ou puser em causa o seu pequeno poder ou a sua mediocridade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Sou hoje um portalegrense exilado que bem gostaria de curar-se
dessa doença que se chama Portalegre. Teria uma vida muito mais tranquila. Não
nego: o exílio tem-me trazido muitos momentos felizes, algumas alegrias que
nunca atingiria se tivesse ficado pelo Corro lagóia. Mas, confesso-te, são
alegrias amargas que, a cada momento, me recordam essa condição de migrante por
vontade alheia. A minha árvore tem raízes e custa-me saber que os seus frutos
são colhidos por outros porque da minha terra existe uma incessante e nefasta
ventania que lhe vergou o tronco e fez crescer a copa noutra direcção.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Sabes, João, ao ouvir o teu discurso de hoje - que só não me fez
verter lágrimas porque, caramba!, um homem não chora - vi pela televisão os
meus pais aplaudindo-te. Também devem ter sentido fundamente as tuas palavras,
lembrando o seu filho único que a várias centenas de quilómetros as ouvia. Portugal
ainda é uma Portalegre ampliada, porque, como dizia Raul Brandão a propósito de
Gomes Freire de Andrade, aqui não ganham os inteligentes, mas (para nossa
desgraça colectiva) os mais espertos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Bem hajas pelas palavras que tiveste a coragem de dizer. Espero
que a voragem deste país não as apague tão depressa. Um abraço firme e comovido
do teu conterrâneo<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div align="right" style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: right;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;">Ruy Ventura<o:p></o:p></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><br /></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: "book antiqua" , "serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><a href="https://www.publico.pt/2019/06/12/sociedade/opiniao/carta-aberta-joao-miguel-tavares-1876148">In jornal "Público" (edição on-line), de 12/6/2019.</a></span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-42793121165453783542019-05-02T14:06:00.000-07:002019-05-02T14:06:15.131-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdBmyWdLq5p9ZOkdRKjxAizgpvFr4a2P7xlbkxd8nXH90HUN25B7SU9aiUio02OcLHyGZ6Hyt1lPKCKBifC8jl_kU4-0Dt6QMx-vGhh-HzeMZz8YTxeJs9V4AGHJhnWZzHGoOLTM17kdc/s1600/DSC06728.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdBmyWdLq5p9ZOkdRKjxAizgpvFr4a2P7xlbkxd8nXH90HUN25B7SU9aiUio02OcLHyGZ6Hyt1lPKCKBifC8jl_kU4-0Dt6QMx-vGhh-HzeMZz8YTxeJs9V4AGHJhnWZzHGoOLTM17kdc/s640/DSC06728.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;">… E A MEMÓRIA DA CIDADE QUE SE LIXE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Lê-se
na página da sucursal portalegrense do Partido Socialista que, em Assembleia
Municipal, fez aprovar – apenas com a abstenção do PSD – a atribuição do nome
de Mário Soares à “popularmente conhecida <i>rotunda
do navio</i>”. Parece que esta decisão já mereceu a concordância da comissão
municipal de toponímia. Tanto quanto vim a saber, a sucursal concelhia do
Partido Comunista Português, para não ficar atrás e cobrando, quiçá, o voto
favorável dos seus eleitos, propôs ou vai propor que outra rotunda ou avenida
ou rua lagóia venha a ter o nome de Álvaro Cunhal. (Se tal se concretizar, o
que não duvido, teremos uma verdadeira geringonça portalegrense – só faltando o
beco Miguel Portas ou João Semedo ou Francisco Louçã ou Catarina Martins ou Fernando
Rosas para a trempe ficar completa...) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Ainda
correu pela cidade e arredores que a ideia inicial dos comunistas era rasurar a
designação “Avenida do Bonfim”, nascida do santuário homónimo onde tem início,
tão querido das gentes da cidade onde nasci. Mas parece que a coisa ficou pelo
caminho, talvez por saberem que o regulamento municipal impede (ou
desaconselha) a substituição de nomes históricos oficialmente consagrados – ou,
mais provavelmente, por se lembrarem que essa artéria passaria a desembocar na
rotunda agora soarista, o que provocaria não poucos engulhos aos dois
adversários políticos, caso cá estivessem, vendo-se assim de braço dado, quase
aos beijinhos, na pública rotunda. Mas adiante. Confesso que gostaria de ouvir,
vinda das profundas, a voz cava do nunca desmentido devoto das práticas e
doutrinas soviéticas dizendo ao meu ouvido: “Olhe que não, olhe que não…” A
mais de duzentos quilómetros de Portalegre tenho todavia informações seguras de
que tal má nova é mesmo certa – verdade, verdadinha. E lamento. Funda e
fundadamente lamento!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Não
está em causa o mérito ou demérito das figuras que, agora, em vésperas de
eleições, um punhado de políticos do burgo quer reverenciar à custa da
identidade da urbe, nem sequer o facto de tais personalidades pouco ou nada
terem que ver com a cidade. Tiveram qualidades e defeitos como toda a gente.
Nalgumas situações contribuíram para o bem do povo, noutras prejudicaram-no e
noutras foram impedidos (graças a Deus!) de prejudicá-lo. Estão em causa os
critérios e os jogos políticos e sociais que movem a exaltação de Cunhal e
Soares e apagam, ao mesmo tempo, Fernando Pessoa (sim, esteve em Portalegre!), Humberto
Delgado, Salgueiro Maia, Matilde Rosa Araújo (sim, viveu na cidade!), Ramalho
Eanes, Amaro da Costa ou, até, para falar nos portalegrenses de nascimento ou
de coração, Soror Isabel do Menino Jesus, Eusébio Leão, Joaquim Miranda da
Silva, Pe. José Patrão, Carlos Garcia de Castro ou Carrilho da Graça... Está
sobretudo em causa o modo como se desrespeita e/ou menospreza com estas e
outras decisões a memória urbana e histórica de Portalegre, expressa no nome
legítimo dos seus lugares, criado pelo povo que neles viveu ao longo de séculos.
(Seria indigno, pergunto, o nome ancestral do local, “Moinho de Vento”?
Causaria brotoeja uma referência à Fábricas das Sedas que aí existiu?) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Estudei
com demora a toponímia da cidade e as motivações que a foram criando, alterando,
rasurando ou apagando. Vem tudo num longo artigo intitulado “Toponímias de
Portalegre: da Idade Média ao século XX”, publicado há uns anos no nº. 12 da
“Ibn Maruán – Revista Cultural do Concelho de Marvão” (hoje a necessitar de reedição
revista e aumentada). Sei bem o que valem as chamadas “comissões de toponímia”,
como são nomeadas, o que as move, a sua competência e os regulamentos que fazem,
desfazem e aplicam. Não esqueço a ligeireza do conhecimento que, salvo raras
excepções, possuem da História e da memória colectiva – e o (des)respeito que
têm por ela. Basta-me recordar muitas e muitas das suas incompreensíveis (ainda
que bem intencionadas) decisões – valorizando gente com escasso valor e
ostracizando os que deveras o tiveram. Chega-me relembrar pelo menos um dos
seus pretéritos membros (entretanto falecido) que, além de ter inventado uma
“Rua dos Aleatórios” na toponímia setecentista de Portalegre, defendia a
eliminação de grande parte dos nomes antigos como coisa bolorenta e pouco
civilizada… Já não me deixa, pois, boquiaberto a forma leviana e por vezes
caricata com que nomeiam as novas vias de circulação. Não me espanta, ainda,
que as mudanças toponímicas continuem a ser uma triste realidade, mesmo que a
população portalegrense não as queira – pois nunca sobre tal assunto foi, é ou será
consultada. Pelos vistos a salvaguarda, valorização e divulgação deste
património imaterial ainda não chegou à terra onde nasci (nem a boa parte do
nosso país, diga-se em abono da verdade). Com desgosto o escrevo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Dir-me-ão
que as tentativas de rasura não são de agora, que as homenagens interesseiras
são já velhas. Têm toda a razão. Começaram, ainda que timidamente, no século
XIX, com o regime liberal. O nome das praças, das alamedas, das ruas, das travessas
e até dos becos passou a ser campo fértil de todas as propagandas, de todos os
interesses e de todas as vaidades. Houve é certo boas intenções, embora com
maus resultados. Graças a Deus nunca tivemos em Portalegre autarcas que durante
o seu mandato impusessem o seu nome a ruas e edifícios, como sucedeu noutras
terras do Alto Alentejo e do Entre Douro e Minho. Mas o fluído canino das
várias tendências políticas e de muitas vaidadezinhas individuais ou de grupo foi
manchando não poucos nomes ancestrais da nossa cidade e de quase todas as
terras do nosso país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Ironia
das ironias, o povo (que nunca foi tido nem achado nessas artimanhas e
sobrancerias) esteve-se sempre lixando para os nomes novos, a não ser quando
atribuídos a espaços urbanizados de novo – e ainda assim nem sempre. Passados
muitos decénios (por vezes mais de um século) sobre essas alterações decretadas
pelo sectarismo político das vereações, continuou a usar os topónimos antigos.
Os exemplos em Portalegre são eloquentes. A rua Alexandre Herculano continua a
ser de Santo André, a 31 de Janeiro teima em ser dos Canastreiros, o parque
Miguel Bombarda, a avenida George Robinson e a rua de Olivença nunca deixarão
de ser Corredoura, a rua 5 de Outubro nunca abdicou de ser Direita, o largo 28
de Janeiro pertence ainda à Fonte Nova, a rua Mouzinho de Albuquerque apenas do
Pirão é chamada, não esquecendo a Luiz Barahona que do Castelo nunca se livrará,
a Cândido dos Reis que nunca esconderá o Cano, a Almeida Garrett que nos conduz
ainda ao Mercado (embora ele já esteja noutras partes), a França Borges que persiste
na sua referência ao Bargado, o largo Serpa Pinto que adoptou (demolida a
igreja da Madalena aí existente) a boneca de uma fonte... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;">A
lista poderia continuar, mas não vale a pena aborrecer os leitores. Convém
todavia registar com irónico agrado as designações populares bem recentes que
os sábios transeuntes vão já dando a outros lugares com urbanização
contemporânea, ignorando com orgulhosa altivez o desrespeito de que são alvo –
neste e noutros domínios – por uma boa parte dos seus representantes eleitos. Ou
alguém tem dúvidas de que a agora chamada “Rotunda Mário Soares” continuará a
ser para todos a tão simples “rotunda do navio”? Não tenho quaisquer dúvidas.
Afinal, nestes e noutros achados, “o povo é quem mais ordena”. Por mais que
isso provoque comichões nalguns que se têm como procuradores sobranceiros da
população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">RUY
VENTURA </span><br />
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(Texto publicado a 2/5/2019 no jornal portalegrense "Alto Alentejo"; foto de RV.)</span>Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-34908256297163739772018-07-25T06:44:00.001-07:002018-07-25T06:53:15.125-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnNuUJno7Lac3dUQYBxsjC5ScRUz098HaVrTRbExEeNjuMZyguerTdWcysVyXSWPNRd1oDi7lDJVejLKSK0T0ysoukzQVJwrNER8sOiLHkMEJVZ_JnmlVvA2vqQmoz_bwPI3cxBrSaoM/s1600/DSC03079.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="926" data-original-width="1600" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnNuUJno7Lac3dUQYBxsjC5ScRUz098HaVrTRbExEeNjuMZyguerTdWcysVyXSWPNRd1oDi7lDJVejLKSK0T0ysoukzQVJwrNER8sOiLHkMEJVZ_JnmlVvA2vqQmoz_bwPI3cxBrSaoM/s640/DSC03079.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-large;">MILAGRE QUE
FEZ</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Ex-voto do
Senhor dos Aflitos reaparece <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">mais de 40
anos depois de “perdido”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Nunca estaremos
suficientemente gratos aos coleccionadores de arte sacra do nosso país. Pensemos
o que pensarmos sobre o seu amor às peças que foram e vão juntando ao longo de
uma vida, quantas vezes com sacrifício pessoal, temos de reconhecer que graças
à sua actividade se salvaram e salvam muitas obras da nossa cultura. Essa
gratidão deve ser ainda maior quando, em determinado momento da sua vida, se
sentiram na obrigação de devolver as peças adquiridas ao usufruto público,
cedendo-as ou vendendo-as a museus ou a outras instituições que, de algum modo,
continuaram e/ou continuam a sua devoção àqueles objectos, onde as mãos dos
criadores humanos tentaram expressar a sua interpretação da palavra de Deus, da
religiosidade humana ou das figuras e narrativas que, ao longo de séculos,
edificaram a história religiosa de Portugal e de outras paragens. Nunca é
demais lembrar as palavras do Papa Francisco que, num livro intitulado “La Mia
Idea di Arte” (infelizmente indisponível em português), sublinha o papel
evangelizador da pintura, da escultura, da arquitectura, da música e de outras
artes, ao serem, mais do que muitos discursos teológicos, vias eloquentes de interpretação
da revelação apostólica. Essa sua capacidade não se esbate nem desaparece
quando as peças, levadas por circunstâncias diversas, saem dos edifícios
religiosos. Tornam-se antes vias especiais que continuam a levar, subtilmente, mesmo
aos descrentes, a mensagem divina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Não podemos esquecer o
quanto devemos agradecer aos coleccionadores “de santos”. Sem eles, muito
património ter-se-ia perdido, levado pela ignorância e pela arrogância dos
homens (clérigos e leigos), pela ambição e pela estupidez que moveu tantas
épocas da nossa História, pelas “modas” que, frequentemente, lançaram para a
poeira das arrecadações das igrejas esculturas, pinturas, livros, alfaias e
outros objectos valiosíssimos e belíssimos, só porque não correspondiam aos
padrões “estéticos” daqueles que eram os seus fiéis depositários. Dizia-me há
anos um importante responsável eclesiástico do nosso país que, “muitas vezes,
até os ladrões valorizam mais as peças que a Igreja possui do que muitos dos
seus detentores, cuja única preocupação é vender ou atirar para o lixo o que
parece velho e inadequado à sua miopia ou mandar repintar nos santeiros de
Braga e de Fátima as peças que os nossos antepassados nos legaram…”
Acrescentava: “Pelo menos os ladrões e os coleccionadores dão valor ao que
temos…”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Na altura, as suas
palavras deixaram-me sem resposta e puseram-me a pensar. Embora reconhecendo as
várias excepções que há pelo país, cujo mérito nunca será demais realçar (sobretudo
perante os que agem de outro modo, vandalizando o que no fundo não lhes
pertence), vi-me obrigado a concordar com esse prelado. E, cá entre nós, o
tempo tem-lhe dado razão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Homens como José Régio,
Ruy Sequeira, Ernesto Vilhena e alguns mais cumpriram um papel importantíssimo
na nossa cultura. Podemos discutir os seus métodos e o seu sentido de
oportunidade, o cuidado que nem sempre tiveram no registo da proveniência das
obras de arte que foram comprando, mas temos de nos vergar à lógica da sua
actuação e à maneira como, depois, devolveram o património ao público mais ou
menos crente. Se nem todas as instituições a quem legaram ou venderam as suas
colecções se mostram dignas desse património recebido, é outra conversa que não
cabe neste artigo. Pensemos nas que têm trabalhado de outro modo, dando bons
exemplos, como o Museu Nacional de Arte Antiga, a Casa-Museu José Régio, a
Casa-Museu Padre Belo, o Museu da Consolata em Fátima ou a Fundação Robinson. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;">*<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Vem esta introdução a
propósito de uma peça portalegrense recentemente redescoberta pelo autor deste
artigo. Trata-se de um dos ex-votos pertencentes ao espólio do Santuário do
Senhor Jesus dos Aflitos, situado na paróquia de São Domingos dos Fortios, no
concelho de Portalegre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Local de culto nascido por
volta de 1713 à sombra de uma pequena cruz de madeira, onde foi pintada a
figura de Cristo paciente e sofredor, é ainda hoje um eixo da religiosidade do
Alto Alentejo, movendo devotos e peregrinos, sobretudo no dia da sua festa,
actualmente celebrada no início de Maio. O trabalho meticuloso e incansável do
Cónego Bonifácio Bernardo tem permitido aos interessados um conhecimento
pormenorizado da sua história, cuja leitura enriquece o nosso entendimento das
múltiplas dimensões da vida dessa parte de Portugal nos últimos trezentos anos.
É imprescindível ler o seu livro “Senhor Jesus dos Aflitos, Origens –
1713-1845” (Edições Colibri, 2000), sendo ainda muito importante consultar outro
volume em que editou um parte da documentação do santuário; prevê-se para breve
um terceiro – e com impaciência o aguardamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Entre o património dessa
igreja, situada numa herdade, entre sobreiros, avulta a sua colecção de
ex-votos, pequenos quadros gratulatórios oferecidos ao longo de séculos pelos
devotos, manifestando e dando graças pelos prodígios que viveram por
intercessão do Senhor. O conjunto não tem a dimensão dos que se podem admirar
no Senhor Jesus da Piedade (Elvas), na Senhora do Carmo (Azaruja, Évora) ou na
Senhora d’ Aires (Viana do Alentejo), mas ultrapassando a meia centena são um
importante testemunho artístico, antropológico, sociológico e religioso da
devoção secular. Podem hoje ser admirados por quem se disponha a folhear o
catálogo da exposição itinerante “Imagens de Fé”, promovida pela Diocese de
Portalegre – Castelo Branco; o conjunto portalegrense foi, aliás, o motor dessa
mostra. Se a exposição não se preocupou com o enquadramento histórico das peças
(o que se lamenta), tal não diminui de modo algum o seu valor e oportunidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Desde há algumas décadas
que se sabia, contudo, que faltava à colecção dos Aflitos um dos seus mais
interessantes ex-votos, ainda do século XVIII. Observado e registado pela
investigadora Maria Tavares Transmontano, que copiou e publicou a sua inscrição
na sua “Monografia de Portalegre” (1997), terá levado descaminho entre 1965 e
1975. Era dado como perdido, sem se saber sequer se o desaparecimento seria
devido a roubo ou a venda indevida. Nem uma foto ficara dele… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Há poucos dias, folheando
o volumoso catálogo intitulado “Christus”, editado no Porto pela Irmandade dos
Clérigos como veículo de divulgação da colecção de imagens de Cristo que agora
aí se expõem, após doação da colecção do Dr. António Miranda, deparei-me na página
171 com o ex-voto desaparecido do Santuário do Senhor dos Aflitos. Calcularão o
que sentiu este investigador e defensor do património religioso da sua terra e
de outras terras…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Registado com o número de
inventário ICP 1576, tem 24,6 cm de altura por 39,4 de largura. É uma pintura a
óleo sobre madeira, datada de 1777, com a seguinte inscrição (sou fiel à
ortografia original): “<i>Milagre que fes o
Senhore dos Afelitos a Francico Antonio que foi cazeiro na erdade do Alcade que
sendo acometido por hum lobo deramado este ce lhe lancou aos peitos de que
resultou o bradar pelo Senhore dos Aflitos imediatamente o dito lobo se retirou
ficando o dito devoto sem nen huma lezaõ foi feito este milagre no anno de 1777</i>”.
A mão, popular, que executou esta obra foi também autora de outras pinturas
existentes no Santuário, tendo inclusive repintado os ex-votos mais antigos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Impõem-se, agora, todas
as necessárias diligências para que o seu volte ao seu dono e o “prodígio” se
complete. A Paróquia dos Fortios e a Diocese não deixarão morrer decerto o
assunto. Sabemos agora onde está e quem lá o depositou. Só não sabemos como
chegou às mãos do coleccionador… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt;"> Tantos anos depois, bem
podem os portalegrenses dizer como escreviam os antigos autores dessas
pinturinhas: “Milagre que fez o Senhor dos Aflitos…” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "garamond" , "serif"; font-size: 14.0pt;">RUY
VENTURA</span><br />
<span style="font-family: "garamond" , "serif"; font-size: 14.0pt;">(Artigo publicado no jornal "Alto Alentejo", nº. 584, de 25 de Julho/2018.)</span>Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-3940530744418685882018-02-14T09:56:00.000-08:002018-02-14T09:56:14.084-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw9VR-S5QrF0ynJ07UiQgwvaElQHarIJ3iuAUarSdHTBMcbV-oBSnjxeC2x46VqSKqUQkueEu5xoGDhl_BQ57PsxpyzfG8YOmzcI2BzJnRmJ0RXEAzfZX0nZ18fxoBvIA__ByTwgNqrGg/s1600/27866995_1643532089017809_4026699296125885607_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="960" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw9VR-S5QrF0ynJ07UiQgwvaElQHarIJ3iuAUarSdHTBMcbV-oBSnjxeC2x46VqSKqUQkueEu5xoGDhl_BQ57PsxpyzfG8YOmzcI2BzJnRmJ0RXEAzfZX0nZ18fxoBvIA__ByTwgNqrGg/s640/27866995_1643532089017809_4026699296125885607_n.jpg" width="640" /></a></div>
<b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-large;">Não falte!</span></b></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-59336451269043824232017-12-09T06:45:00.000-08:002017-12-09T06:47:29.881-08:00<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #222222;"><b><span style="font-size: large;">JUDEUS E CRISTÃOS-NOVOS DE CASTELO DE VIDE</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #222222;"><b><span style="font-size: large;">em livro imprescindível</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOBn7GIUt6mr24JFzDdGe6aEtnUFqrGp02ZvdpbFlaCShsSU57J5VRrDTERjuBJLAJ6vQxkEsXO1xkS1QXsgMm6ygDxyi9PcNEHmGY3Gx6jwpsBNxfWuboschOain79TbAWjrQXN7KKis/s1600/judeus+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="953" data-original-width="675" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOBn7GIUt6mr24JFzDdGe6aEtnUFqrGp02ZvdpbFlaCShsSU57J5VRrDTERjuBJLAJ6vQxkEsXO1xkS1QXsgMm6ygDxyi9PcNEHmGY3Gx6jwpsBNxfWuboschOain79TbAWjrQXN7KKis/s640/judeus+1.jpg" width="452" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">O Laboratório de Estudos Judaicos vai
editar mais dois volumes, o n.<sup>os</sup> 6 e 7, da colecção de Estudos
Judaicos, respeitantes a Castelo de Vide, sob o título <b>Judeus de
Castelo de Vide e Cristãos-Novos. Da Identidade às Linhagens [Séculos XV a
XX]</b> , da autoria de Luís Projecto Calhau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">Os dois volumes totalizam 680 páginas,
nas quais se procurou estudar detalhadamente a genealogia de 45 famílias
cristãs-novas de Castelo de Vide, terra natal de Garcia d’Orta e, também, de
Salgueiro Mai</span><span style="color: #222222; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"></span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">a</span><span style="color: #222222; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"></span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">, capitão de Abril, que descendia
de cristãos-novos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">Pelos processos-crime sabemos que muitos
judeus de Castelo de Vide rumaram para Curaçao (Antilhas Holandesas),
Amesterdão, Veneza, Toledo, Constantinopla, Rouen (França), Salónica. México,
Peru, Haia e Jerusalém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;">Se pretender beneficiar do preço de
subscrição, até ao próximo dia 21 de Dezembro, deverá contactar Nuno Borrego (ngpborrego@gmail.com). </span><span style="color: #222222; font-size: 14pt;">Mais informações estão disponíveis em: h</span><span style="font-size: 14pt;"><span style="color: #1155cc; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><a href="http://www.nunoborrego.pt/books/" target="_blank">ttp://www.nunoborrego.pt/books/</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4sI65_ebx1YonDBvR4b-KtEMc38S-Wj4yO2hue_1OpinA4AiHFME__qDD_ftYdz2jWgCWuj6IU6pwlmLpexDcdlQ74AvLsFJxM7Bj-ytL24WUSFbj36SQ3ea5cwrEcLgISlXYdy5qq5s/s1600/judeus+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="679" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4sI65_ebx1YonDBvR4b-KtEMc38S-Wj4yO2hue_1OpinA4AiHFME__qDD_ftYdz2jWgCWuj6IU6pwlmLpexDcdlQ74AvLsFJxM7Bj-ytL24WUSFbj36SQ3ea5cwrEcLgISlXYdy5qq5s/s640/judeus+2.jpg" width="452" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Índice<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a><span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Apresentação
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Introdução <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">1.
Castelo de Vide e o seu enquadramento geográfico<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">2.
Primeiras referências à presença judaica na região<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">3. A
proximidade com a fronteira e a importância da alfândega de Marvão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">4. A
convivência entre judeus e cristãos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">5. A
judiaria e o seu enquadramento geográfico<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">6.
Práticas e cerimónias<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">7.
Rumo à diáspora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">8.
Confissões e denúncias<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">9. O
manuscrito de autor desconhecido<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">10.
Ilustres, da região de Castelo de Vide, descendentes de cristãos-novos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">e de
judeus .. 00<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">11.
Mito ou realidade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">12.
Indicadores estatísticos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">13.
Limitações, dificuldades e barreiras à investigação<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> I – Carrilho e Aldana, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Carrilho | Castro | Aldana | Barreto de Sousa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Carrilho de Matos | Sousa | Machado Homem, de Rio de Janeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> II – Henriques, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º -
Henriques | Castro | Godinho | Leitão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Castro | Leitão | Fernandes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Mendes | Álvares ou Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Berenguer de Andrade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º
- (Desentroncados) Vaz Colaço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> III – Lopes e Ilhoa de Aldana, de Castela para
Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> IV – Albuquerque, de Castela para Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Albuquerque<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> V – Álvares e Luna, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Álvares | Luna | Cardeira, de Vila Viçosa | Franco, de Borba<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Luna<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> VI – Gonçalves, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Gonçalves | Mendes | Henriques<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Gonçalves | Lopes | Gomes | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> VII – Aires Pais, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Gomes | Lopes | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Pais | Rodrigues | Aires Samorano<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Rodrigues | Aires | Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> VIII – Santilhana, de Castelo Branco para Castelo de
Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Santilhana | Henriques Brandão | Cunha Falcão | Cunha de Oliveira ... 000<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Santilhana<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> IX – Orta, de Castelo de Vide rumo à diáspora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Orta | Soares | Pinto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Orta | Pimentel | Canis | Pimentel | Abeniacar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Pimentel <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Henriques | Senior | Marchena | Senior y Calvo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">§ 5.º - Marchena | Senior<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">§ 6.º - Marchena | Senior | Simmonds<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 7.º
- (Desentroncados) Orta, da Covilhã e de Portalegre<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 8.º
- (Desentroncados) Orta, de Castelo Branco<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> X – Gomes, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Gomes | Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XI – Dias Machorro, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Dias | Rodrigues Machorro | Fernandes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- (Desentroncados) Machorro, de Póvoa e Meadas | Semedo | Costa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- (Desentroncados) Rodrigues | Álvares<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XII – Garcia Medelhim, de Castela para Castelo de
Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Garcia Medelhim | Fernandes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XIII – Lopes Chaves, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Lopes | Chaves | Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XIV– Fernandes Carrilho, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Fernandes | Carrilho | Sanches<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- (Desentroncados) Carrilho | Lourenço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XV – Cáceres, de Cabeço de Vide com ligações a
Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Cáceres | Costa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XVI – Delgado, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Delgado | Matos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XVII – Antunes de Figueiredo, de Fonte Arcada para
Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Figueiredo | Pires de Sousa | Vargas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XVIII – Barrento, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Barrento | Leitão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XIX – Álvares Chaves, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ Único
- Chaves | Álvares | Gomes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XX – Loução, de Castela para Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Loução, de Évora | Fernandes, de Évora | Espinosa, de Évora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXI – Lopes Torres, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º - Dias | Torres | Fernandes | Martins<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º - (Desentroncados) Torres<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º - (Desentroncados) Garcia | Barrento | Vidal |
Gomes Vieira, da vila de Redondo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXII – Alva de Guevara, de Castela para Castelo de
Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º - Alva | Brandão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º - Alva Brandão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º - Brandão | Gomes | Cáceres | Leitão |Canelas,
de Alpalhão | Sousa <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">| Bagorro | Tavares de Oliveira | Sousa Ferrão | Sousa
de Lacerda<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º - Brandão | Barradas | Vieira de Andrade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º - Gil Freire | Alva de Guevara | Brandão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -1.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 6.º - Alva de Guevara | Brandão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXIII – Dias Tirado Ortega, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Ortega | Dias | Pinhão | Tristão | Matos | Carrilho Vilhana | Gonçalves de
Mena | Vaz Botelho | Parente | Simões | Guerra | Serra | Manso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º - Dias Tirado | Fernandes |
Barrento Veludo | Martins Taçalho <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">| Tavares Rosa | Ramalhete | Figueiroa |
Coelho | Costa | Palmeiro | Barros<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º - Dias Ortega | Rosa, de
Chancelaria<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º - Biscaia, de Gáfete | Biscaia
Hortas | Hortas Botelho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º - (Desentroncados) Barrento Veludo
| Escudeiro | Carvalho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 6.º - (Desentroncados) Barrento Veludo
| Rosa | Abelho | Ramilo | Portugal<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 7.º - (Desentroncados) Gonçalves
Veludo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 8.º - (Desentroncados) Gonçalves
Veludo | Valdegas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 9.º - (Desentroncados) Dias Ortega<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 10.º - (Desentroncados) Ramalhete |
Velez | Alexandre | Cruz<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXIV – Barba Manita, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Fernandes Barba | Ortega | Mouzinho | Vaz Barba | Freire<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- (Desentroncados) Manita<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- (Desentroncados) Manita<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXV – Gomes de Castro, de Viseu para Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Gomes de Castro | Fernandes | Moniz | Pinheiro | Mourato | Tristão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXVI – Rodrigues Pinheiro, de Nisa para Castelo de
Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Rodrigues | Gomes | Morão Pinheiro | Ramos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Rodrigues | Pinheiro | Franco | Ramos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Pinheiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXVII – Álvares Mergulhão, de Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Mergulhão | Carrilho Gil | Sequeira | Pinheiro | Rouqueiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Mergulhão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Carrilho | Salgueiro Maia, do Capitão de Abril<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Sequeira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º
- (Desentroncados) Mergulhão | Dias<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 6.º
- (Desentroncados) Mergulhão | Costa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 7.º
- (Desentroncados) Mergulhão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
8.º - (Desentroncados) Mergulhão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXVIII – Dias Narigão, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Vaz Narigão | Martins Estrada | Sequeira | Barrento | Correia | Tavares
Maggessi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Correia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Sequeira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Vaz Narigão | Baptista | Pedro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º
- Sequeira | Videira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 6.º
- (Desentroncados) Dias Narigão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 7.º
- (Desentroncados) Dias Narigão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 8.º
- (Desentroncados) Dias Narigão | Travassos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 9.º
- (Desentroncados) Dias Narigão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 10.º
- (Desentroncados) Dias Narigão | Carrilho Valente | Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXIX – Gonçalves Tolosa, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Gonçalves Tolosa | Matos | Aires<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Ronquilho | Tavares Rosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- (Desentroncados) Tolosa | Leitão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXX – Carrilho e Albuquerque, de Castela para Castelo
de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Notas
Preambulares<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Fernandes Carrilho | Mouzinho Barba<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Carrilho | Lobo da Gama<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXI – Pais, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Pais | Gomes | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXII – Gomes Fernandes, de Montalvão para Castelo de
Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º-
Lopes | Fernandes | Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Gomes | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Mendes | Pinheiro, de Alandroal | Couto, de Vila Viçosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Mendes | Gomes | Carvalho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 5.º
- Rodrigues Ramos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">6.º -
Melo e Lacerda, de Elvas | Melo e Lacerda Brederode de Andrade, de Elvas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 7.º
- (Desentroncados) Bártolo | Rodrigues | Dias | Estrada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXIII – Fernandes Pinheiro, de Castelo Branco para
Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Fernandes | Pinheiro | Cepeda<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXIV – Gonçalves Henriques, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Gonçalves | Pecheiro | Silva | Paredes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Henriques | Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 4.º
- Henriques<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXV – Gonçalves Crato, da região da Guarda para
Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Gonçalves | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXVI – Cáceres Rodrigues, de Fronteira para Castelo
de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Cáceres | Gonçalves | Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- (Desentroncados) Cáceres | Pires | Carrilho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- (Desentroncados) Cáceres<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXVII – Lopes Gomes, de Fronteira <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Lopes | Gomes | Mendes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXVIII – Mendes Carrilho, de Portalegre <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Mendes | Gomes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XXXIX – Lopes Nunes, de Portalegre para Castelo de
Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Lopes | Orta | Fernandes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XL – Rodrigues de Luna, de Castelo Branco com
ligações a Castelo de Vide<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 1.º
- Rodrigues | Brandão | Luna | Santilhana<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 2.º
- Montalto, do Doutor Elias Montalto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§ 3.º
- Dias | Santilhana, de Castelo Branco | Aires<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XLI – Fernandes Calcinas, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Fernandes Calcinas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XLII – Asnalhos e Oreia, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Asnalhos e Oreia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XLIII – «Perpétuos», de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Rodrigues | Fernandes | Sarzedas | Dias Bijos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XLIV – Lopes, de Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Título</span><span style="font-size: 14.0pt;"> XLV – Pinto e Aranha, de Monforte e de Arronches para
Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt;">§
Único - Pinto, de Monforte e Arronches | Aranha | Gomes | Machado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Outros Cristãos-Novos em
Castelo de Vide <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Judeus da Fase Pré-Édito <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Judeus da Fase Pós-Édito <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Documentos Anexos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Índice Onomástico <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; font-variant: small-caps;">Bibliografia <o:p></o:p></span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-39586171321848841102017-10-29T15:45:00.001-07:002017-10-29T15:45:07.768-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3HHBdS-C933_NqVfjK3JWGoFGhuvdLeHKfnOWMOQdRhElXnnkUD5hvq9p0rvLCTcC2N0nbvE34ILQIUd31sgQTb-d-pmoTmbWiMxWK6tQYv4sImdqgdHI7huAHa8oZLCGSvf63jCM9ZE/s1600/DSC07517.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3HHBdS-C933_NqVfjK3JWGoFGhuvdLeHKfnOWMOQdRhElXnnkUD5hvq9p0rvLCTcC2N0nbvE34ILQIUd31sgQTb-d-pmoTmbWiMxWK6tQYv4sImdqgdHI7huAHa8oZLCGSvf63jCM9ZE/s640/DSC07517.JPG" width="480" /></a></div>
<div class="NoticiasTitulo" style="background-color: white; color: #6d6f71; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18.48px; margin-top: -2px;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="NoticiasTitulo" style="background-color: white; color: #6d6f71; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18.48px; margin-top: -2px;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="NoticiasTitulo" style="background-color: white; color: #6d6f71; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18.48px; margin-top: -2px;">
<span style="font-size: large;">Em defesa do património religioso</span></div>
<div class="NoticiasTitulo" style="background-color: white; color: #6d6f71; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18.48px; margin-top: -2px;">
<span style="font-size: large;"> </span></div>
<div class="NoticiasTitulo" style="background-color: white; color: #6d6f71; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18.48px; margin-top: -2px;">
<span style="font-size: large;">– agir é preciso... E depressa!</span></div>
<div class="NoticiasTexto" id="texto" style="background-color: white; color: #494949; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px;">
<br /></div>
<div class="NoticiasTexto" id="texto" style="background-color: white; color: #494949; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px;">
<br />Foi há um par de anos. Entrei na loja de uns missionários em Fátima, uma das maiores do centro da localidade. Falando com um familiar de uma peça de arte sacra antiga a precisar de conservação competente (hoje felizmente bem restaurada, com critérios éticos e científicos), fui prontamente interpelado pela empregada do estabelecimento. Solícita, sem grande noção das conveniências, interrompeu a conversa e atirou, de arrancada: “Se quiser, temos um senhor muito jeitoso que a põe como nova...”<br />Percebi que a senhora me confundira com um sacerdote. Fiquei estupefacto, respondi de forma evasiva, mas fiquei a pensar: “Quem resiste a estas abordagens se não tiver ética, educação, juízo, pudor ou um bispo com mão de ferro e sabedoria de um diplomata? Quem?”<br />Multiplicam-se pelo nosso país casos de raspagem e repinte de esculturas e retábulos das nossas paróquias, de vandalismo aplicado a telas, tábuas e pinturas murais centenárias. São peças importantes do património espiritual dos crentes e, também, elementos inalienáveis da nossa memória coletiva. São obras de arte e criações inspiradas e, como tal, merecem o mais escrupuloso respeito. Outra coisa não diz, aliás, o Direito Canónico. A situação a que chegámos é todavia muito grave, mesmo que vejamos alguns exemplos de boas práticas, pontuais e minoritários, que não escondem a “selva” que por aí vai, do Algarve ao Alto Minho, com exemplos recentes de perigoso retrocesso.<br />Enquanto tivermos como fiéis depositários do património religioso pessoas que, à parte a sua competência pastoral, revelam (como autarcas deslumbrados ou construtores civis siderados) uma ânsia incontrolável, querendo “deixar obra” construída, esculpida ou pintada a todo o custo, continuaremos a assistir atónitos à destruição do nosso património artístico e espiritual. Enquanto se manifestar um insaciável voluntarismo que olha para as obras de arte como objectos utilitários sem valor intrínseco e não como manifestações materiais, visíveis, de Deus connosco, continuaremos a testemunhar um vandalismo cujos agentes, ainda por cima, se apresentam com ares de esteticistas ou maquilhadoras de bairro pobre. Enquanto quem de direito não agir com rapidez, ciência e firmeza, parando os desmandos que violam as leis do País e o Código do Direito Canónico, ou deixando mesmo de colaborar com eles, continuaremos a multiplicar os lamentos por um património perdido, quiçá para sempre.<br />Não será tempo de todos nós – investigadores, conservadores-restauradores, museólogos, amantes da arte, sacerdotes com sabedoria, fiéis com ética e estética, simples amantes do património – fazermos algo além dos simples comentários no “feicebuque”? Se o não fizermos, talvez seja tarde. E não valerá a pena tecermos mais tarde um rol de lamentações.</div>
<div class="NoticiasTexto" id="texto" style="background-color: white; color: #494949; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px;">
<br /></div>
<div class="NoticiasTexto" id="texto" style="background-color: white; color: #494949; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px;">
<span style="font-size: xx-small;">Artigo publicado nos jornais "Diário do Alentejo" (Beja), "Alto Alentejo" (Portalegre) e "Raio de Luz" (Sesimbra).</span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-34494391540668290982017-10-07T14:32:00.004-07:002017-10-07T14:32:55.327-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Df-YjvTbXBK2uS7Db1M5wV7iJ3-WNgxhq8r9EuP1IcwUryDZe5q5LywsvWFKHMd_GdtWyHUgrgU3DsrVp_yqkDogwUl4-rptl2eWBn7toTZ9CH0EaSq-a8GDlBGYYEeqYqiGdrLkC-Q/s1600/2006+b+084.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="816" data-original-width="547" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Df-YjvTbXBK2uS7Db1M5wV7iJ3-WNgxhq8r9EuP1IcwUryDZe5q5LywsvWFKHMd_GdtWyHUgrgU3DsrVp_yqkDogwUl4-rptl2eWBn7toTZ9CH0EaSq-a8GDlBGYYEeqYqiGdrLkC-Q/s640/2006+b+084.JPG" width="428" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitSOPGPjJnzrLoeu4Uc7QYdRY6OTazO5qNh46t1aVCylz15J-j301rPQhB8K3o2Qcj9AVG63qzdcrJCvt7nmzzmtdcyu2SeICe4xUvYDDXmWM0YkdVUS8i-0_HLS8_jFX4bd_2kJQ6OZk/s1600/DSC08096a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1153" data-original-width="1600" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitSOPGPjJnzrLoeu4Uc7QYdRY6OTazO5qNh46t1aVCylz15J-j301rPQhB8K3o2Qcj9AVG63qzdcrJCvt7nmzzmtdcyu2SeICe4xUvYDDXmWM0YkdVUS8i-0_HLS8_jFX4bd_2kJQ6OZk/s640/DSC08096a.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Garamond, serif;"><b><span style="font-size: x-small;">CASTELO DE VIDE</span></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Garamond, serif;"><b><span style="font-size: large;">CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO</span></b></span></div>
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT;"><br /></span>
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT;">"Tem esta
villa Convento dos Recoletos de sam Francisco fumdado e dotado por Gaspar de
Mattos e sua Mulher Brites de Mattos da principal nobreza desta Villa e derão
para o dito convento se fazer as suas Cazas e para Cerca a sua quinta em 14 de
Março de 1584 por declaração que elle foy fazer á câmara em 20 de Outubro
tornou a câmara a declarar dava mais 400 000 digo quatrocentos mil reis á
quinta se chamava da Conceição e sobre a porta tinha huma Imagem desta senhora
daqui tomou o nome e orago o dito convento e sobre a porta da Igreja está a
mesma Imagem que estava na porta da quinta; deixou gaspar de Mattos o padroado
a seu sobrinho Diogo Cardozo de Mattos há certas penções em seu testamento que
não aprovou e por sua morte houve contenda entre ouito sobrinhos e se anulou
seu testamento e os Religiozos tomarão por padrueira a Camara desta Villa em
segunda feira 20 de Mayo de 1589 se lançou a primeira pedra na obra em 2 de
Agosto de 1592 se disse a primeira missa tem a Igreja sinco altares a couza
mais notável que há neste convento he hum retrato e Imagem verdadeira de Cristo
a qual está fixada na porta do sacrario a qual trouse de Roma Frey Diogo
sarrano Mouzinho // [...] Frade Clau[s]tral
a pintura he de adimiravel primor em lamina de cobre e por baxo tem huma
inscrição com letras de ouro que dis o seguinte = Retrato, e Imagem verdadeira
de IESUS Christo salvador e senhor nosso o qual foy tirada de Amiralda pello
Gram Turco e mandado de prezente ao Papa Innocencio VIII para efeito de
resgatar hum hirmão que tinha cativo."</span><br />
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: 18.6667px;">Padre Manuel Carrilho Gil</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: 18.6667px;"><i>Memória Paroquial da Freguesia de São João Baptista</i></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: 18.6667px;">(Memória n.º 222, volume 10, folhas 1461 - 1476)</span></span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-42873595746400909912017-07-08T09:05:00.003-07:002017-07-08T09:06:28.337-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR4boaacvauemdBd-z9e4XapGayTG9GN-LSinLRBYnpbpcKWmJisPlqRH_LO1UwlboGw5UE9HJhNhbKiYKPcyB9fqHv5an76k2VdOyksOcfbixFWZzrJD__0atcsb6Wl-UNn_D2rG1NEQ/s1600/senhora+da+estrela.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR4boaacvauemdBd-z9e4XapGayTG9GN-LSinLRBYnpbpcKWmJisPlqRH_LO1UwlboGw5UE9HJhNhbKiYKPcyB9fqHv5an76k2VdOyksOcfbixFWZzrJD__0atcsb6Wl-UNn_D2rG1NEQ/s640/senhora+da+estrela.JPG" width="640" /></span></a></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;">RAÍZES DE ALGUNS SANTUÁRIOS </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;">DO NORTE ALENTEJANO</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
A minha comunicação deste ano no Congresso Internacional "Terras de Endovélico" será sobre as origens antigas dalguns santuários do Norte Alentejano, partindo das lendas a eles associadas e analisando alguns vestígios materiais que aí se podem observar. Decidi escolher sete que apresento em fotografia. Usarei da palavra no sábado, dia 15, pelas 16 horas, no Centro Cultural do Alandroal, município organizador deste evento já com tradição na cultura alentejana, nacional e ibérica.</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
Serão apresentados e estudados os seguintes santuários:</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* Fraguil (Carreiras - Portalegre);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* Senhora da Redonda (Alpalhão - Nisa);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* Senhora da Penha (Castelo de Vide);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* Senhora da Estrela (Marvão);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* São Cristóvão (Portalegre);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* São Sebastião (Carreiras - Portalegre);</div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
* e São Domingos (Fortios - Portalegre).</div>
</div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-43626776698133528962017-07-08T08:32:00.001-07:002017-07-08T08:32:32.885-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Fz8FtDqbKOM_erGnzu-jRYjQcorD79pUW2TpV0bmJVyldwypZCxirVCi_9rwP9jzjz6at9LfI88khQnAG7AOeCacFnJ8tJKL3BEguAtPKTXOnjh78tLVhyKpmCUFKs1CpWIH9WTtwdU/s1600/santuariomariano03sant_0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="937" data-original-width="646" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Fz8FtDqbKOM_erGnzu-jRYjQcorD79pUW2TpV0bmJVyldwypZCxirVCi_9rwP9jzjz6at9LfI88khQnAG7AOeCacFnJ8tJKL3BEguAtPKTXOnjh78tLVhyKpmCUFKs1CpWIH9WTtwdU/s640/santuariomariano03sant_0005.jpg" width="440" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">Imagens de Nossa Senhora veneradas no Norte Alentejano e abordadas por Frei Agostinho de Santa Maria:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">I - Da imagem de <b>Santa Maria do Castelo</b>, venerada no Convento dos Agostinhos Descalços [em Portalegre] (trata-se, na realidade, da imagem de <b>Santa Maria a Grande</b>) - pp. 367 e 368</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">II - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Esperança</b> [venerada na igreja paroquial de Ribeira de Nisa, antigo convento de frades capuchos] - pp. 368 a 371</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">III - Da milagrosa imagem de <b>Nossa Senhora da Estrela</b> da Vila de Marvão - pp. 371 a 384</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">IV - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Penha</b> extra-muros da Cidade de Portalegre - pp. 384 a 387</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">V - Da milagrosa imagem de <b>Nossa Senhora dos Milagres</b> da Villa do Assumar - pp. 387 - 389</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">VI - Da milagrosa imagem de <b>Nossa Senhora a Redonda</b> de Alpalhão - pp. 389 a 391</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">VII - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Graça</b> de Nisa a Velha - pp. 391 a 394</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">VIII - Da imagem de <b>Nossa Senhora dos Prazeres ou da Esperança</b> [Nisa a Velha] - pp. 395 a 398</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">IX - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Luz</b>, do Convento de Santo Agostinho de Arronches - pp. 398 a 401</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">X - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Livração</b>, em Castelo de Vide - pp. 402 a 403</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">XI - Da imagem de <b>Nossa Senhora da Alegria ou da Assunção</b> [Portalegre] - pp. 403 a 405</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">XII - Da imagem de <b>Nossa Senhora dos Remédios</b>, do Convento de São Francisco [Portalegre] - pp. 406 a 407</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">XIII - Da antiga imagem de <b>Nossa Senhora da Vitória</b> que se venera na paróquia de Sant' Iago da Cidade de Portalegre - pp. 407 a 412</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">Outra imagens marianas do Norte Alentejano abordadas no Santuário Mariano:</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">I - Da história de <b>Nossa Senhora de Flor da Rosa</b>, do Crato - pp. 416 a 420</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">II - Da miraculosa imagem de <b>Nossa Senhora da Piedade ou de Rodes</b> na Vila do Crato - pp. 421 a 422</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">III - Da milagrosa imagem de <b>Nossa Senhora da Sanguinheira</b>, em a Vila da Amieira - pp. 428 a 432</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<br />Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-5782694206367999052017-06-28T09:29:00.000-07:002017-06-28T09:29:57.454-07:00<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HtOfT7FD0UULGddy407vKo8g0S9tIULX8-gVlLWPsxablRH88LOMn8UGgkC_jP1xT1l82K2pmv8kjn952dWMllg6tIiCMyIYQwEvR2FyEIjHBmd_VomMa8Ou43fSmf3jaiED4euSJFA/s1600/DSC00658.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1125" data-original-width="1600" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HtOfT7FD0UULGddy407vKo8g0S9tIULX8-gVlLWPsxablRH88LOMn8UGgkC_jP1xT1l82K2pmv8kjn952dWMllg6tIiCMyIYQwEvR2FyEIjHBmd_VomMa8Ou43fSmf3jaiED4euSJFA/s640/DSC00658.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px;"><b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px;"><b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px;"><b><span style="font-size: x-large;">UM SIMÃO RODRIGUES EM ESCUSA</span></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19.32px;"><span style="font-size: large;">(apontamento de Vítor Serrão)</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">A igreja da aldeiazinha de Escusa, na serra de Marvão, conserva na parede esquerda, acima da porta lateral, um retábulo maneirista da autoria de Simão Rodrigues (c. 1555-1629). Encaixilhados numa mesma moldura retabular, representam-se: ao centro, 'Nossa Senhora da Piedade', nos painéis da esquerda 'São Francisco recebendo os estigmas' e 'Santo António e o milagre eucarístico'; e nos painéis da direita 'São Boaventura' e 'São Jerónimo'. As pinturas, de cerca de 1600, mostram as típicas qualidades de desenho e a fidelidade a estilemas muito pessoais, sempre presentes ao longo da vasta obra de Simão. Apesar do escurecimento sofrido e dos estragos do tempo, apresentam-se sem visíveis repintes. Simão Rodrigues foi um dos artistas mais estimados e fecundos do último Maneirismo português, activo já numa fase em que os cânones do Concílio de Trento impunham uma grande produção seriada de conteúdo didascálico, e este retábulo marvanense não foge à regra. Deve datar de um dos momentos em que Simão trabalhou, com a sua oficina, para Elvas (São Domingos e Sé) e para Portalegre (Sé), deixando obra importante na região. Este retábulo, de há muito nessa modesta igreja (onde já em 1943 Luís Keil o regista, sem saber contudo o seu autor), parece que procede originariamente do convento de São Francisco de Castelo de Vide (depois Lar de Nossa Senhora da Esperança), cujo espólio se dispersou no século XIX, após a exclaustração. A temática franciscana de três dos painéis sugere que a tradição tenha fundamento e, nesse caso, o retábulo hoje em Escusa seria dessa origem, justificada pela proximidade da aldeia à vila de Castelo de Vide, da qual dista poucos quilómetros. Com a extinção das ordens, teria sido ofertado pela Diocese a uma freguesia pobre, como Escusa, ficando desde então esquecida dos estudiosos. A peça merece, sem dúvida, cuidados de conservação e o devido estudo histórico-artístico.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">In <a href="https://www.facebook.com/vitor.serrao.58/posts/1350809938321204?comment_id=1351520341583497&notif_t=feed_comment_reply&notif_id=1498656441688294">Facebook</a>.</span></span>Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-90508772695610995282017-04-05T07:11:00.003-07:002017-04-05T07:11:26.854-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVrThY1jqfQ3WxC2-Cy9FMhJK407TtjQWV3ecHhoqI52n0SPKsqNmKluwpqjUpYDoKczRew0qNwLcVA2sRscZlb__Cd-V7QJCOrtp7z2posziyrMg3nCmUX5lS6Q_AZnpZFqgqosTs56E/s1600/sao+domingos+7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVrThY1jqfQ3WxC2-Cy9FMhJK407TtjQWV3ecHhoqI52n0SPKsqNmKluwpqjUpYDoKczRew0qNwLcVA2sRscZlb__Cd-V7QJCOrtp7z2posziyrMg3nCmUX5lS6Q_AZnpZFqgqosTs56E/s640/sao+domingos+7.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">OBRAS NA IGREJA </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">DE SÃO DOMINGOS DOS FORTIOS (PORTALEGRE)</span></b></div>
<br />
Chegou ao meu conhecimento que é desta que as ruínas da igreja de São Domingos, matriz da paróquia de Fortios, no concelho de Portalegre, vão ser reedificadas, após mais de 90 anos de abandono. Só posso estar contente!<br />
A recuperação contemplará, decerto, a escavação das ruínas romanas e paleocristãs que estão por debaixo do solo, bem como a recuperação da pintura mural ainda de inícios dos século XVI, das mais antigas da região. Confio que assim será! De outra maneira, não se respeitaria o património aí existente. O padre Américo Agostinho, a Comissão Diocesana de Arte Sacra e o Senhor Dom Antonino Dias trabalharão decerto nesse sentido, conscientes que estão do valor do imóvel, da suas história e do tesouro arqueológico que lhe subjaz.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx2enpwM7ZcliR_F1m4IjeM6Jfd3h1WVboTQYx9dZiumPn8dFeJri2DJ5pHWtMeiSeMTULOZISodR-Sg04mk5QQecay7mnr_QgH9ynxaqGQ5a3mtYu_N_Uhl5ZrEseeCCtUlGNk1dNR-k/s1600/sao+domingos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx2enpwM7ZcliR_F1m4IjeM6Jfd3h1WVboTQYx9dZiumPn8dFeJri2DJ5pHWtMeiSeMTULOZISodR-Sg04mk5QQecay7mnr_QgH9ynxaqGQ5a3mtYu_N_Uhl5ZrEseeCCtUlGNk1dNR-k/s640/sao+domingos.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Para mais informações, sugiro a leitura do meu artigo:<a href="http://nortealentejano.blogspot.pt/2016/08/sao-domingosdos-fortios-uma-igreja.html"> http://nortealentejano.blogspot.pt/2016/08/sao-domingosdos-fortios-uma-igreja.html</a><br />
<br />
RUY VENTURARuy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-56872241313827950242016-12-17T12:16:00.000-08:002016-12-17T12:17:25.412-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIe2P3o_-dYvgbcv-HTJQjQTyBSNsI-dLvfNnRG75BXeE_AA1ZZhy2G_LaDuIrPMHKVQMneu0FqALrve6FY_3cJfuBvHCWeS1m61LXMv56rOaSC6nsQ1YBGEcezf6NUgiA_tC-HjH3L1E/s1600/DSC09866.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="440" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIe2P3o_-dYvgbcv-HTJQjQTyBSNsI-dLvfNnRG75BXeE_AA1ZZhy2G_LaDuIrPMHKVQMneu0FqALrve6FY_3cJfuBvHCWeS1m61LXMv56rOaSC6nsQ1YBGEcezf6NUgiA_tC-HjH3L1E/s640/DSC09866.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O coordenador deste blogue </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">deseja a todos os leitores e amigos </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">do "Arquivo do Norte Alentejano"</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">um Santo Natal!</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
(Na imagem: "São João Baptista, Nossa Senhora e São José veneram o Menino Jesus adormecido", </div>
<div style="text-align: center;">
pintura do século XVII atribuída ao artista portalegrense José Carvalho,<br />
existente na igreja matriz de Castelo de Vide.)</div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-77154880040615407322016-09-29T07:58:00.000-07:002016-09-29T07:58:09.446-07:00<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-bottom: 0px; margin-top: 15px; text-align: center; text-transform: uppercase;">
<a href="http://www.cm-castelo-vide.pt/pt/lista-noticias/1554-apresentacao-do-livro-a-vide-e-o-seu-castelo-de-ruy-ventura" style="color: #c93736; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;">APRESENTAÇÃO DO LIVRO </span></a></h3>
<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-bottom: 0px; margin-top: 15px; text-align: center; text-transform: uppercase;">
<a href="http://www.cm-castelo-vide.pt/pt/lista-noticias/1554-apresentacao-do-livro-a-vide-e-o-seu-castelo-de-ruy-ventura" style="color: #c93736; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;">“A VIDE E O SEU CASTELO”, DE RUY VENTURA</span></a></h3>
<div>
<br /></div>
<div class="article_list_text_size" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<div style="text-align: justify;">
"A Vide e o seu Castelo" de Ruy Ventura foi apresentado no passado sábado, dia 24 de Setembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O livro aborda a toponímia, história e heráldica de Castelo de Vide, que inclui também referências a Marvão e à Ammaia. O lançamento é da responsabilidade do Grupo de Amigos de Castelo de Vide e contou com o apoio das Câmaras de Castelo de Vide e Marvão, bem como das Juntas de Freguesia.</div>
<div style="text-align: justify;">
A iniciativa esteve integrada nas Jornadas Europeias do Património, subordinadas ao tema Comunidades e Culturas, que decorreu entre os dias 23 e 25 deste mês. As Jornadas tiveram como objetivo envolver as comunidades na valorização da cultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
O autor do livro é natural de Portalegre, tem 43 anos e desde a década de 90 que se dedica à atividade literária e investigação nas áreas de património imaterial e material.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLAbDF2_JR9lQCxjxUQQOCL0rbZelvizzx2MUjMEM0qw3XNh-7Xf7ejcQyJ73ge1M0Don24DgBTR7la0suDKG0T4FK0uHTItRYxUhOImp_JrnwIdoCiqGiSJW_CtbwUQNnyTqsDAV1Ag/s1600/DSC_0159_1600x1200.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLAbDF2_JR9lQCxjxUQQOCL0rbZelvizzx2MUjMEM0qw3XNh-7Xf7ejcQyJ73ge1M0Don24DgBTR7la0suDKG0T4FK0uHTItRYxUhOImp_JrnwIdoCiqGiSJW_CtbwUQNnyTqsDAV1Ag/s640/DSC_0159_1600x1200.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeS7F6pPwBklPeVUZO2mOaHvdCjl5p5otl8rRrI_1w0KETXO2UDc_ezfOcNsU_VeFvTYnUzKXZFaZAoY45qufrlYDpgvJshKFJP_FFSPuY7D14D5tqeISJ6T7GGPqGt6tuS6XMYPWqR8o/s1600/DSC_0166_1600x1200.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeS7F6pPwBklPeVUZO2mOaHvdCjl5p5otl8rRrI_1w0KETXO2UDc_ezfOcNsU_VeFvTYnUzKXZFaZAoY45qufrlYDpgvJshKFJP_FFSPuY7D14D5tqeISJ6T7GGPqGt6tuS6XMYPWqR8o/s640/DSC_0166_1600x1200.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV54dK1b4Nr3ERMH5f7aKTiamzgPK7IgCRneR_yg2lBsKS0ZJwI9DLuIZCmYYPp6FiRlzTGw5eH__Uihx890f46EFEIbELIjbeCtZwOQzRjL3zDI4MhFVOZlGBaz1CJ2x1bf1nRl_IzLc/s1600/DSC_0175_1600x1200.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV54dK1b4Nr3ERMH5f7aKTiamzgPK7IgCRneR_yg2lBsKS0ZJwI9DLuIZCmYYPp6FiRlzTGw5eH__Uihx890f46EFEIbELIjbeCtZwOQzRjL3zDI4MhFVOZlGBaz1CJ2x1bf1nRl_IzLc/s640/DSC_0175_1600x1200.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguYz9je20QEOuiN3dsxv_rhbjhqOJNR6iDl4zQP5y86nZpa1dpZjOGoWzvrccj4S-EpwH2F_MbrU1M2c9USwZNQW9sXgLe8YH9Vw3QTakdWXmHfkriJj9c2Wg8j9pCoBjOlfAcJyhZYL0/s1600/DSC_0181_1600x1200.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguYz9je20QEOuiN3dsxv_rhbjhqOJNR6iDl4zQP5y86nZpa1dpZjOGoWzvrccj4S-EpwH2F_MbrU1M2c9USwZNQW9sXgLe8YH9Vw3QTakdWXmHfkriJj9c2Wg8j9pCoBjOlfAcJyhZYL0/s640/DSC_0181_1600x1200.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-30332608271253325982016-09-19T02:52:00.001-07:002016-09-19T02:52:21.727-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEYlt-KZWDWTq7fMTf3U84up6iInKdY_DRL9s-Gzru-RF2N6dnVmYw7VV9NcnAriEMu9ui24N_MmlHl3Ujg5hxPAp_WFn3hknGEL0fJK-q8Iut5MFUOpiu7TzEUqmDxrTwVqiidEUR2U0/s1600/capa+VIDEF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="488" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEYlt-KZWDWTq7fMTf3U84up6iInKdY_DRL9s-Gzru-RF2N6dnVmYw7VV9NcnAriEMu9ui24N_MmlHl3Ujg5hxPAp_WFn3hknGEL0fJK-q8Iut5MFUOpiu7TzEUqmDxrTwVqiidEUR2U0/s640/capa+VIDEF.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixblDFJdEIa_ysvMpxLPGnJYD2Mh5KIsnQUqhmpAxMg8ZiC9pW-wJspXhHgmEtW_SsoIwRdHg23-zJLgXnALwA77R963D3TJ4E0DMupwohrLRSQZUims0gPLeRb-WUwyo4CbQXtoyR3Ok/s1600/Convite+A+Vide+e+o+seu+Castelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixblDFJdEIa_ysvMpxLPGnJYD2Mh5KIsnQUqhmpAxMg8ZiC9pW-wJspXhHgmEtW_SsoIwRdHg23-zJLgXnALwA77R963D3TJ4E0DMupwohrLRSQZUims0gPLeRb-WUwyo4CbQXtoyR3Ok/s640/Convite+A+Vide+e+o+seu+Castelo.jpg" width="300" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">SÁBADO, 24 DE SETEMBRO, PELAS 17 HORAS</span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">NO SALÃO NOBRE </span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTELO DE VIDE</span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
É já no sábado, dia 24, pelas 17 horas. No Salão Nobre da Câmara Municipal de Castelo de Vide e no âmbito das Jornadas Europeias do Património, será lançado o livro A VIDE E O SEU CASTELO, assinado por Ruy Ventura.<br />A edição é uma parceria entre o Grupo de Amigos de Castelo de Vide e a Editora Licorne (de Évora), sendo apoiada por várias autarquias da região. A apresentação estará a cargo do Prof. Doutor Francisco Sepúlveda Teixeira, grande conhecedor da história local e coordenador da página<a href="http://www.fontedavila.org/" rel="nofollow" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.fontedavila.org/</a> </div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;">Terei muito gosto em ver-vos po</span><span style="line-height: 19.32px;">r lá!</span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-84236615522294251412016-08-05T07:26:00.000-07:002016-08-05T07:29:17.877-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ3JvXZR2viOig_7pJyq6cEFsvO4ByfihLWUiOiCEi0tauNcZhXc7rB8BGoXzQGvck8oKlY5lZSLW_abyG1FtPX1U6SvSJjbh9qcxoQa_-W4X33ycyT7B4MQD9gkY1RQcYE2AbsahG-YI/s1600/sao+domingos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ3JvXZR2viOig_7pJyq6cEFsvO4ByfihLWUiOiCEi0tauNcZhXc7rB8BGoXzQGvck8oKlY5lZSLW_abyG1FtPX1U6SvSJjbh9qcxoQa_-W4X33ycyT7B4MQD9gkY1RQcYE2AbsahG-YI/s640/sao+domingos.jpg" width="640" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">SÃO DOMINGOS
DOS FORTIOS – UMA IGREJA A PRESERVAR<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Entre as várias
dezenas de locais de culto cristão edificados no actual município de
Portalegre, a igreja de São Domingos tem um estatuto especial. Abandonada e
progressivamente arruinada desde há 90 anos a esta parte, continua a atrair a
atenção da população local, dos investigadores e dos interessados pelo
património religioso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Há razões para tal.
Não podendo considerar-se um monumento cimeiro na arte nacional ou sequer
regional, possui ainda assim elementos materiais e imateriais que a elevam a um
estatuto ímpar, como edifício e como memória. Passadas nove décadas de erosão,
bem merece um restauro e uma reedificação que respeitem todos os valores que a
envolvem e que a ela estão subjacentes. Decerto não se descobrirá aí “o maior
tesouro junto que há no mundo” nem “os dous sinos muito grandes enterrados ao
pé de uma figueira alvar, cheios de ouro amoedado”. O tesouro é outro – e deve
ser preservado custe o que custar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt;">*<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> A igreja de São
Domingos, matriz de Fortios, situa-se a curta distância do cemitério da
localidade, sobrepondo-se a um conjunto de ruínas que, decerto, remontam à
época luso-romana. É ainda hoje fácil encontrar nas suas redondezas materiais
de superfície desses tempos e aí foram descobertas pelo menos duas inscrições
em caracteres latinos. Uma delas, datável do século I d. C., muito mutilada e
hoje desaparecida em local incerto do Museu Nacional de Arqueologia, está
estudada e pertencerá a uma estela funerária de um escravo liberto. A segunda,
ainda no local, tem gerado grandes dúvidas de leitura (“um texto assaz
sibilino”, escreveu José d’ Encarnação): estando escrita no alfabeto latino,
apresenta uma expressão púnica (língua falada pelos indígenas) que indica a
existência no local de uma albergaria (o que está de acordo tanto com a
passagem pelas proximidades de uma via romana quanto com alguns topónimos locais,
com a mesma origem semita).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> As estruturas
existentes no local – há alguns séculos decerto mais visíveis do que agora –
intrigaram certamente quem as vislumbrava. Chegou-se a localizar aí a cidade de
Ammaia, por causa das “grandes ruínas de edifícios antigos e muitas pedras de
cantaria lavradas”, que foram interpretadas como “povoação grande” (Pe. Sotto Maior,
1616) ou, em alternativa, “algum Comvento” (Pe. Freire Tavares, 1758). Há
depois, ainda hoje, vestígios pétreos no edifício indicando que aos edifícios
luso-romanos deve ter sucedido alguma igreja (paleo-cristã, visigótica ou
moçárabe), anterior portanto à nossa nacionalidade. O orago São Domingos é assim
estranho à vista destes dados: ou se deve a uma substituição ocorrida nos
séculos XIII ou XIV ou, então, resulta da metamorfose do nome de uma divindade
anterior ao cristianismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt;">*<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYiFfp7MeqwmXV5Fmc078EGnzyUrEPDjdJzvaVh1iNvb4CvrcGK_Q0AlDgZUcWHnyQyH44POf05SmVimrcpRBLnnIohzxp8I0lXGTU55JPVzKwkwnj4bTovZSovn9LsniOaoJw1VD5_PE/s1600/sao+domingos+7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYiFfp7MeqwmXV5Fmc078EGnzyUrEPDjdJzvaVh1iNvb4CvrcGK_Q0AlDgZUcWHnyQyH44POf05SmVimrcpRBLnnIohzxp8I0lXGTU55JPVzKwkwnj4bTovZSovn9LsniOaoJw1VD5_PE/s640/sao+domingos+7.JPG" width="640" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> A igreja que hoje
conhecemos, apesar de abandonada e meio-arruinada, permite-nos entender o que
foi a sua evolução a partir de finais do século XV. Deve resultar da reconstrução
total do edifício anterior à Reconquista Cristã em época indeterminada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Se tivermos em conta o
tamanho da capela-mor, o templo não deveria ser grande, sendo com toda a
certeza apenas dotado de uma pequena nave e, talvez, de uma não maior sacristia.
Nessa capela guardam-se ainda vestígios de pelo menos duas fases decorativas,
em pintura mural: um retábulo fingido que deverá ser ainda de finais da Idade
Média ou de inícios do século XVI (sendo um dos exemplos mais antigos deste
tipo de arte na região, fazendo par com o retábulo da igreja de Santa Maria de
Marvão); e uma decoração em esgrafito, imitando silhares de pedra, que será do
período compreendido entre 1560 e 1575. Sobre esta decoração, foi instalado em
data indeterminada – mas decerto já no último quartel do século XVII ou inícios
de setecentos – um retábulo de marcenaria, pintura e escultura, hoje perdido,
mas de que restam duas tábuas (S. Bento e Sta. Maria Madalena, tendo
desaparecido uma com S. Miguel), atribuíveis ao pincel do pintor portalegrense
José Carvalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Não sabemos em que
data a igreja de Fortios – a que “os mouros chama[va]m S. Domingos da Penha”,
como refere o Pe. Diogo Sotto Maior – passou a ter estatuto paroquial. O
manancial de informação recolhido no excelente livro do Cónego Bonifácio
Bernardo (cuja leitura recomendo vivamente) indica-nos apenas que desde 1501 os
sacramentos eram administrados pelo pároco de Sta. Maria do Castelo de
Portalegre, sendo provável que a freguesia tenha sido criada por volta de 1575.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Não sabemos ainda em
que data a igreja passou a ter a largura que ainda hoje se verifica nem quando
se instalaram os altares colaterais dedicados a São João Baptista e a Nossa
Senhora do Rosário (antes com o título do Socorro). É provável que tenha sido
nesse último quartel de quinhentos ou já no século XVII, inícios, altura em que
se deu algum investimento artístico, visível por exemplo na interessante imagem
de Nossa Senhora com Menino, em pedra, proveniente das oficinas de Coimbra
dessa época. Terá sido nesse período que a parede sobre os retábulos
secundários e o arco da capela-mor recebeu pintura mural, que surge por debaixo
da cal. Em 1758 a sua aparência era a seguinte: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> “[…] [tem] três
altares, maior e colaterais; no maior uma Imagem sagrada de Cristo na Cruz, ao
lado do Evangelho [São Domingos], ao da Epístola santo António. O colateral do
lado direito tem Nossa Senhora do Rosário em pedra mármore, aos lados o
Salvador do Mundo e são Macário; e o do esquerdo São João Baptista e ao lado
direito são Miguel. A capela-mor está de abóbada, e o mais corpo da Igreja se
sustenta em duas colunas de pedra de cantaria, e sobre elas e grosso das
paredes quatro traves, que pelo modo com que estão dividem a Igreja em três
naves […]”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Na segunda metade do
século XVIII, os altares colaterais receberam dois retábulos tardo-barrocos de
alvenaria pintada (que deverão ser preservados em futura reconstrução, pois são
bom exemplo de uma arte muito difundida, hoje estudada com atenção pelos
historiadores de arte). Já no século XIX, meados, foram retiradas as colunas
que dividiam a igreja, tornando-a mais ampla; nessa época, recebeu a igreja
várias imagens de santos, valiosas, provenientes de conventos extintos em
Portalegre, nomeadamente do convento de Santo António. A fachada, dotada de
pórtico de volta perfeita, em cantaria, datável de finais do século XVI,
possuía apenas um campanário. Só muito tardiamente recebeu uma torre sineira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Em mau estado de
conservação, as diligências do pároco da época não conseguiram impedir a sua derrocada
parcial em 1925 e a transferência da sede paroquial para a pequena e
insuficiente igreja de São Sebastião, situada na aldeia dos Fortios. Houve
tentativas de reconstrução logo em 1926/27, chegando a ser reedificada e
alteada a torre, em 1929. O facto é que todas as diligências se goraram e
noventa anos depois continua numa triste ruína.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Espera-se que o futuro
lhe traga melhores dias. Se tal reconstrução ocorrer, como se deseja, ela deve
respeitar e restaurar todos elementos patrimoniais artísticos ainda
subsistentes, com a intervenção de técnicos especializados, devidamente
certificados. Será ainda uma boa ocasião para a arqueologia escavar tão rico
local. Certamente não perderá o seu tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Ruy Ventura<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt;">(artigo publicado no jornal "Alto Alentejo")</span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-81727391467333744212016-06-14T04:18:00.001-07:002016-06-14T04:18:39.576-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6zV5B4tD-mmT241swmmVvj6cjaM885oi3dWF7bvOcGIC_6U0W_GOgGojp7J0zvJz19vrcc2FTRKR5CM_2MoEcogKZCaFQKUbiLOtuj0U5jispyW3toES5hhFsbXw9rjBrzoqnJ2Bbzgc/s1600/DSC00111.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6zV5B4tD-mmT241swmmVvj6cjaM885oi3dWF7bvOcGIC_6U0W_GOgGojp7J0zvJz19vrcc2FTRKR5CM_2MoEcogKZCaFQKUbiLOtuj0U5jispyW3toES5hhFsbXw9rjBrzoqnJ2Bbzgc/s640/DSC00111.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-IYFBAhy77Qml3okM9n3woWf2PEeMhr6B-35L8G3189lPZiXBftSTZ3L-uVMa6OO3dCFE6taKUWG8VOQvqff25CxM9VoAfl5zRbvmbLR1Su7YzrDQDwDy0qLH25gQ6OYSY5MQIe5sHkM/s1600/DSC00116.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-IYFBAhy77Qml3okM9n3woWf2PEeMhr6B-35L8G3189lPZiXBftSTZ3L-uVMa6OO3dCFE6taKUWG8VOQvqff25CxM9VoAfl5zRbvmbLR1Su7YzrDQDwDy0qLH25gQ6OYSY5MQIe5sHkM/s640/DSC00116.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqqTMRDJFX6TnQPXHTT898Ix55lDqQGUl1S0fP9gNCphi9UvQsLW6G_t804YC7mxmiLq1lFQG7j1glQ8BKnlYrKaej9YcKqUGnOd_wnsMdpfxD0JYhj2GyyeQw5VvrgQalT5GiR4lYc0Q/s1600/DSC00121.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqqTMRDJFX6TnQPXHTT898Ix55lDqQGUl1S0fP9gNCphi9UvQsLW6G_t804YC7mxmiLq1lFQG7j1glQ8BKnlYrKaej9YcKqUGnOd_wnsMdpfxD0JYhj2GyyeQw5VvrgQalT5GiR4lYc0Q/s640/DSC00121.JPG" width="480" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Castelo de Vide</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">sacristia da igreja do convento de Nossa Senhora da Vitória:</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">São João de Deus com Menino Jesus no colo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">depois de lhe ter sido entregue pela Virgem em Guadalupe</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">(pintura mural)</span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-41512080776216861542016-04-18T02:41:00.001-07:002016-04-18T02:41:53.616-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8V48AYDwe4LPTof2kZo8zSLHlzUTmoN817gZFkRyK0CJDvVXvRPhbLC9CLbLig9yIYKlDRxBorx7P3iQctnF_8f1MIGU4qzemDDhgeefe9bqoMt6j-XXTk8M6o-R25E-7dVUh3D9Vwg/s1600/centro_PRR02_05-convento-sao-francisco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8V48AYDwe4LPTof2kZo8zSLHlzUTmoN817gZFkRyK0CJDvVXvRPhbLC9CLbLig9yIYKlDRxBorx7P3iQctnF_8f1MIGU4qzemDDhgeefe9bqoMt6j-XXTk8M6o-R25E-7dVUh3D9Vwg/s640/centro_PRR02_05-convento-sao-francisco.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">IGREJA DO CONVENTO </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">DE SÃO FRANCISCO DE PORTALEGRE</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">- NOVOS DOCUMENTOS - </span></b></div>
<br />
Tendo terminado recentemente o estudo dedicado à toponímia, história e heráldica de Castelo de Vide, o qual está em processo de edição, estou neste momento a trabalhar sobre documentos inéditos descobertos recentemente no Arquivo Distrital de Portalegre e no Arquivo do Vaticano sobre o convento de São Francisco de Portalegre. Esta investigação, destinada a revista da especialidade, versará sobre o património desta igreja conventual portalegrense, nomeadamente sobre a sua Ordem Terceira, aí sediada. Serão estudadas, nomeadamente, algumas obras de arte remanescentes, hoje guardadas em diversos locais e já por mim identificadas.<br />
O estudo será ainda completado com documento sobre o convento portalegrense adquirido pela Fundação Robinson e cuja cedência aguardo para breve.Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-81066569359051483812015-09-12T10:20:00.000-07:002015-09-12T10:20:36.300-07:00<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc3G9x4SOd43P9MgSo7RkwM_njKcT2Hp3WXh8CVzQa8YGxsmYBAiBjnAF11av_GO2iqTAwUKyrgQalbP-SoiJeC7_S5ldCxwiWGvxap6SpKKzcX1broDa0UPNe5eFGTLAthym401fBC5o/s1600/DSC00891.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc3G9x4SOd43P9MgSo7RkwM_njKcT2Hp3WXh8CVzQa8YGxsmYBAiBjnAF11av_GO2iqTAwUKyrgQalbP-SoiJeC7_S5ldCxwiWGvxap6SpKKzcX1broDa0UPNe5eFGTLAthym401fBC5o/s640/DSC00891.JPG" width="480" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">A "IRMÃ" DE NOSSA SENHORA DA ESTRELA </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">DE MARVÃO</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A imagem reproduz um registo gravado no século XIX, representando Nossa Senhora das Necessidades, venerada em concorrida romaria realizada em Comenda, no concelho do Gavião. Este raro exemplar pertence à colecção do Museu de Arte Sacra de Castelo de Vide, tendo sido fotografado graças à gentileza de Francisco Galão, seu responsável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nossa Senhora das Necessidades é uma das "sete irmãs" de Nossa Senhora da Estrela, venerada no convento franciscano de Marvão. As outras são, segundo me comunicou o Prof. Dr. Jorge de Oliveira, Nossa Senhora dos Remédios de Valência de Alcântara, Nossa Senhora dos Remédios de Montalvão, Nossa Senhora dos Remédios do Reguengo, Nossa Senhora da Sanguinheira de Amieira do Tejo e Nossa Senhora dos Prazeres de Vale de Açor, também muito venerada pelos lavradores de Castelo de Vide. </div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-6442288350663332772014-11-13T01:43:00.002-08:002014-11-13T03:45:27.906-08:00<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><b>EM BUSCA DO AUTOR PERDIDO</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><b>O RETÁBULO DA SENHORA DA ENCARNAÇÃO</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;">NA IGREJA DO CONVENTO </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;">DE SÃO FRANCISCO DE PORTALEGRE</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">(palestra de Ruy Ventura)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O <b>DIA 17 ACONTECE</b> é um programa proposto pela Fundação Robinson, numa lógica de iniciativas de cultura em continuidade que se repetem a cada dia 17, procurando associar um dia do mês a uma programação mensalmente pensada para o <b>Espaço Robinson</b> fomentando a aproximação da comunidade de Portalegre ao projecto de reabilitação e preservação patrimonial em curso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Desta forma, convidamo-lo a tomar parte no programa do próximo dia <b>17 de Novembro</b>, Segunda-feira, <b>a partir das 18h00 na Núcleo da Igreja do Convento de São Francisco</b>, na sessão <b>Conversa no Museu</b> dedicada ao tema da<b>pintura retabular</b>, com o Professor e Investigador Ruy Ventura. A conversa e debate girará em torno da autoria da pintura mural existente na Capela da Anunciação da Igreja do Convento de São Francisco.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Contamos com a sua presença, marque o DIA 17 na sua agenda!</span></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-3364541624662748382014-09-17T01:36:00.001-07:002014-09-17T01:36:24.473-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi-fdq466juoNdSn_J7rQ58-5OEQZh4ldFAx5_3r0JXb5QhuSnYP6V0HFrM6pv5XWoKY83JmZlD-MCWQVFLmdxAqmraR0DbrAYymAAG6EggKEAvp685bIrw08-Arp4NUmR_qnBrDReRWU/s1600/ammaia-uma-cidade-romana-11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi-fdq466juoNdSn_J7rQ58-5OEQZh4ldFAx5_3r0JXb5QhuSnYP6V0HFrM6pv5XWoKY83JmZlD-MCWQVFLmdxAqmraR0DbrAYymAAG6EggKEAvp685bIrw08-Arp4NUmR_qnBrDReRWU/s1600/ammaia-uma-cidade-romana-11.jpg" height="282" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Um dos mais antigos artefactos judaicos existentes em território nacional foi encontrado nas ruínas da cidade romana de Ammaia (hoje, São Salvador da Aramenha, no concelho de Marvão. Leia o artigo <a href="http://www.catedra-alberto-benveniste.org/_fich/15/artigo_Graca_Cravinho.pdf">aqui</a>.</span><br />
<br />Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-19060701647840059502014-05-13T02:21:00.000-07:002014-05-13T02:21:27.990-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNa5Hx9_2c4S3NWdlqpFbi-yRcIbr7-v4bQZNWbJrpAWw6MPESzHd6NNYmOiqJozGwvhxW-JLsspRovXfVWXJ3RYzlvXY-Sn8SqFd9czmNsFXwWCaxT9VfY2t1UrykGjfVSTpAbaqjA0/s1600/c51fc6ab12fb61a0c63f447682f91f15.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNa5Hx9_2c4S3NWdlqpFbi-yRcIbr7-v4bQZNWbJrpAWw6MPESzHd6NNYmOiqJozGwvhxW-JLsspRovXfVWXJ3RYzlvXY-Sn8SqFd9czmNsFXwWCaxT9VfY2t1UrykGjfVSTpAbaqjA0/s1600/c51fc6ab12fb61a0c63f447682f91f15.jpeg" height="424" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"><b>LITERATURA TRADICIONAL DA SERRA DE SÃO MAMEDE APRESENTADA EM CASTELO DE VIDE</b></span><br /><br />Na
tarde do passado dia 10 de Maio, sábado, foram apresentados em Castelo
de Vide os três primeiros cadernos de Literatura Tradicional da Serra de
São Mamede, com recolha e organização do investigador e escritor Ruy
Ventura, amigo da vila onde nasceu Salgueiro Maia, oriundo da aldeia de
Carreiras e agora residente em Azeitão. A sessão teve lugar na igreja do
convento de São Francisco e foi dinamizada pela Associação Grupo de
Amigos de Castelo de Vide, com o apoio da Fundação Nossa Senhora da
Esperança e do município local.<br />
A iniciativa que agora tem o seu começo visa - segundo explicou o
organizador - "devolver à terra o que à terra pertence". Neste momento
estão já publicados os três primeiros volumes, contendo romances
religiosos (I), orações, ensalmos e esconjuros (II) e lendas
tradicionais. A edição está e estará a cargo da Apenas Livros, de
Lisboa, com o apoio de fundos nacionais através da Fundação para a
Ciência e Tecnologia e do Instituto de Estudos da Literatura
Tradicional, da Universidade Nova de Lisboa. <br />
A sessão, onde estiveram presentes cerca de quatro dezenas de
pessoas, foi apresentada pela dra. Maria do Carmo Alexandre, presidente
do Grupo de Amigos, contando também com uma intervenção do professor
Joaquim Canário, membro da associação e ex-presidente da Câmara
Municipal castelovidense. Além destas intervenções e da do organizador
das publicações, houve ainda a partilha de experiências com vários
textos da literatura tradicional da região. Entre elas destacaram-se as
palavras de Emília Mena Machado, Francisco Galão e do Dr. José Calha,
que alertou para a importância de reeditar obras há muito esgotadas
sobre o concelho de Castelo de Vide, nomeadamente a obra de Raposo
Repenicado; deixou o desafiou ao Grupo de Amigos de Castelo de Vide e à
Câmara Municipal.<br />
Os cadernos de literatura tradicional da Serra de São Mamede podem
ser comprados em Castelo de Vide na loja "A Sombrinha" ou directamente à
editora pelo mail <a href="mailto:apenaslivros2@gmail.com" target="_blank">apenaslivros2@gmail.com</a>Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2297881433364540839.post-56701414811433495572014-02-04T04:49:00.000-08:002014-02-04T04:49:08.376-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/OGTAwqSgrXY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Programa da Agência Ecclesia (transmitido na RTP2)</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">sobre o património religioso de Castelo de Vide</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">e o seu convento de Nossa Senhora da Conceição.</span></b></div>
Ruy Venturahttp://www.blogger.com/profile/08251417467614404191noreply@blogger.com0